Sem medo de ser feliz

Comprar um carro usado é fácil, o difícil é saber se ele está em
bom estado como aparenta ― mas você pode descobrir

Texto: Thiago Mariz - Fotos: Renato Araújo

Em um país onde o carro mais "barato" zero-quilômetro custa mais de 60 salários mínimos, é natural que o mercado de modelos usados seja efervescente. Para todos os gostos e bolsos, para o primeiro carro ou o segundo, terceiro, quarto da família, o mercado oferece opções variadas, seja por meio de lojistas ou entre pessoas físicas. Mas é fato conhecido que o carro usado pode ser uma fonte de dor-de-cabeça e arrependimentos. A necessidade de certos cuidados é a diferença entre uma compra feliz e uma desastrosa.

O primeiro ponto é ter certeza de que não se trata de veículo roubado. Segundo a Fundação Procon de São Paulo, é imprescindível que o interessado descubra, junto ao Detran (Departamento de Trânsito) e à Polícia Civil, por exemplo, a situação do veículo quanto a multas e furto. Observe também se o número do chassi gravado perto do motor, nos vidros e em outros locais é o mesmo que consta no certificado de propriedade do veículo. Os números e letras do chassi e da plaqueta de identificação devem estar alinhados, com espaçamentos regulares e contornos uniformes.

Se a documentação é importante, a parte mecânica também merece cuidado. Como na maioria das vezes não se sabe como os antigos proprietários cuidaram do carro, uma olhadinha superficial não garante o sucesso da compra.

Onde comprar   Há muitas maneiras de chegar a um bom carro usado. Uma delas, anúncios em jornal ou na internet que levem a particulares, tem a vantagem de se conhecer o proprietário e poder questionar alguns pontos relevantes. Por que está vendendo o carro? Pretende comprar outro do mesmo modelo? Como são seus hábitos de uso? As respostas costumam dar boas pistas sobre o veículo.

Comprar em lojas tem vantagens em termos de garantia (leia adiante), mas elimina esses fatores. Além disso, é comum pagar entre 10% e 20% a mais que no negócio direto com o particular, pois o lojista tem de faturar em cima da venda e, em regra, não precisa de dinheiro com urgência.

Qualquer que seja a escolha, comece por analisar o ambiente onde o veículo é oferecido. Uma loja desorganizada, com vendedores pouco solícitos ou que mude de endereço com freqüência é um sinal de que eventuais problemas não serão resolvidos com facilidade. Da mesma forma, as condições em que o carro de um particular era usado e guardado podem indicar seu modo de conservar o veículo.

Descarte qualquer influência do que diz o vendedor sobre o que você não pode confirmar. "Carro de médico" ou "de uma senhora que só saía para ir ao supermercado" nada significam se o estado do veículo indicar um uso pouco cuidadoso. Atenção também aos "opcionais" que na verdade são equipamentos de série daquela versão: para evitar um engano, verifique antes se há no BCWS a avaliação do modelo e ano que deseja. Continua

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Data de publicação: 10/5/05

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