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Técnica

Injetores sempre limpos

Como pode ser rápida a perda de eficiência dos injetores —
e por que gasolina aditivada não é dinheiro jogado fora

Texto: Bob Sharp* - Fotos: divulgação

Injetores de combustível são componentes de alta tecnologia, apesar de seu funcionamento e operação relativamente simples. Basicamente, o injetor elétrico de combustível usado nos carros de hoje nada mais é do que uma válvula solenóide, ou válvula eletromagnética — quem se lembra dessa peça nos carburadores dos Fuscas, para evitar que o motor ficasse funcionando por auto-ignição após desligá-lo? E tudo o que ela precisa para funcionar é de voltagem e corrente elétrica no momento certo, o que qualquer computador pode facilmente controlar.

Quando pensamos no que é necessário para usinar passagens mínimas, agulhas das formas mais intricadas, sedes de válvulas usinadas com elevada precisão e molas calibradas com o mínimo de tolerância, logo se vê que injetores constituem um dispositivo mecânico dos mais complexos. É fácil ver também como basta bem pouco para entupir essas passagens ínfimas. Na verdade, após determinado tempo de uso, praticamente todo injetor apresentará falha, muitas vezes devido a entupimento. Vejamos por que injetores entopem e o que pode ser feito.

A causa   A gasolina é uma combinação de diversos componentes com diferentes pontos de ebulição.

Junto com a mistura de hidrocarbonetos, uns extremamente voláteis e outros menos, há, na gasolina aditivada, um pacote complexo de aditivos para reduzir a corrosão, envelhecimento e congelamento do combustível, bem como aqueles com detergentes para controlar acúmulo de depósitos. É fácil notar, logo de início, o quanto a gasolina não-aditivada é inadequada. Mas leia mais.

A menos que a gasolina seja armazenada em um reservatório selado, as frações mais leves evaporam, restando as mais pesadas que aderem a todas as superfícies com que venham a entrar em contato. Esses resíduos pesados são aquela tintura escura encontrada no carburador de um carro que fica parado durante muitos meses. Imagine-se esse efeito com gasolina não-aditivada.

O processo de separação e evaporação ocorre bem mais rápido quando a gasolina é exposta a calor sem que haja ignição. Dentro de condições apropriadas, a separação no interior do injetor pode ocorrer em questão de minutos — isso mesmo, minutos. As condições que levam o combustível, calor e pequenas passagens a se combinarem da maneira exata são um pouco difíceis de entender, mas de fato acontecem, e de maneira bem freqüente e previsível. Continua

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*Baseado em Injection Infection, por Jacques Gordon, publicado no
Motor Age Online (www.motorage.com/motorage), em 2000

Data de publicação: 11/10/03

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