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Assim, o programa fornece um elemento extra para a segurança dos ocupantes do automóvel em situações cruciais, reduzindo drasticamente os riscos de perda de controle. A Mercedes-Benz foi a primeira fábrica de automóveis a utilizá-lo, sob a sigla ESP (programa eletrônico de estabilidade em inglês), sendo o Classe A o primeiro da categoria (e o primeiro fabricado no Brasil) a dispor deste equipamento de segurança ativa. Logo depois, outras fábricas -- como BMW, Cadillac, Chevrolet e Porsche -- passaram também a oferecê-lo em seus carros, utilizando outras siglas e nomes.

A ilustração fornecida pela Mercedes explica o funcionamento do sistema

Se na teoria é um pouco complexo, vamos imaginar uma situação real em que a presença do sistema se torne necessária. Suponhamos que o motorista entre em uma curva à esquerda mais rápido do que deveria, e seu carro comece a derrapar a traseira para fora da curva, ou seja, para a direita. Nesse instante, o controle de estabilidade entra em ação, aplicando força de frenagem na roda dianteira direita.

Como conseqüência, o carro tende a girar para a direita (em sentido contrário ao da curva) e com isso volta à trajetória. O motorista quase não percebe o funcionamento, embora seja indicado por luz-piloto no painel. Se, em vez da traseira, a dianteira desgarrasse na mesma curva, a roda traseira esquerda é que seria freada suavemente, recolocando o carro no curso original.

O controle de estabilidade começou como item exclusivo de modelos de topo, como o BMW 750i, mas aos poucos ganha popularidade e se torna mais acessível
O sistema combina as funções de outros sistemas de segurança ativa, como os freios antitravamento, controle de tração (que impede as rodas motrizes de perder a tração, reduzindo o torque enviado às rodas e mesmo freando-as) e, no caso da Mercedes, a assistência de frenagem (BAS), que amplifica a pressão aplicada no pedal em frenagens bruscas.

Engenheiros de desenvolvimento têm testado as aplicações do controle de estabilidade desde sua idealização, em meados de 1994. Em inúmeros testes realizados, os riscos se reduziram drasticamente, principalmente em situações críticas que exigem perícia e autocontrole. Nessas ocasiões, alguns proprietários de veículos Mercedes foram convidados para um teste de direção virtual, a 100 km/h, em um simulador de direção da fábrica na Alemanha.

Foram simuladas situações de pista de gelo, em quatro curvas, onde a aderência dos pneus com o solo se reduzia em mais de 70% em poucos metros percorridos. O resultado, previsível, foi de que 78% dos motoristas convidados não conseguiriam manter seus automóveis na pista -- além desse fato, corriam o risco de se envolver em acidente. Ao serem auxiliados pelo sistema, porém, todos conseguiriam evitar as derrapagens e escapar das situações propostas.
O simulador de direção da Mercedes-Benz (foto) apontou que 78% dos motoristas perderiam o controle numa pista escorregadia sem o ESP. Com o equipamento, todos se sairiam bem
Pode-se concluir que, basicamente, o controle de estabilidade auxilia o motorista a manter o controle do veículo antes mesmo de se dar conta de que o perdeu. O sistema mantém o carro em equilíbrio dinâmico, eliminando possíveis erros e excessos do condutor.

Convém frisar que, ao contrário do que possa parecer, o sistema não torna ninguém um supermotorista: apenas o auxilia nas correções de trajetória. Portanto, vê-se claramente que o bom senso de quem dirige ainda não tem substituto para uma condução segura e tranqüila.

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