A facilidade de controle não deixa dúvidas de que até o motorista menos experimentado ficará à vontade. Não há patinação excessiva nas arrancadas mais vigorosas ou ao acelerar a fundo nas saídas de curva, a menos que o controle de tração seja desativado. A tração traseira também evita reações indesejáveis na direção e quando a distribuição de massas é meio a meio entre os dois eixos, como no Série 3, facilita arrancar em pisos de baixa aderência ou em subidas íngremes. Permite, ainda, um reduzido diâmetro de giro -- 10,5 metros, equivalente ao de um Palio.

Curvas são um território perfeito para o 325i. Mesmo com pneus mais estreitos e de perfil mais alto (205/55-16 nas quatro rodas) que os do 330i Motorsport (225/45-17 nas dianteiras e 245/40-17 nas traseiras), inspira grande confiança no motorista, respondendo às solicitações da forma que se espera, mesmo no limite. Dirigi-lo com vigor em um trecho sinuoso comprova que o controle de estabilidade (ESP) é recurso para carros de comportamento dinâmico deficiente. Num automóvel perfeitamente equilibrado como este, não faz a menor falta.

E então o leitor deve pensar, "e onde fica o conforto ao rodar que se exige de um sedã familiar?". Não há sacrifícios: a suspensão tem molas macias, que trazem suavidade, enquanto os amortecedores de carga elevada controlam as oscilações com eficiência -- um dos melhores acertos que já constatamos em avaliações. Até em lombadas o carro se sai bem, podendo-se cruzar esses tormentos brasileiros em velocidade usual sem problemas.

Como se não bastasse, o controle automático de velocidade retoma o ponto memorizado suavemente, e não de modo brusco como a maioria desses sistemas. Nada mais lógico: quando o motorista deseja aceleração total usa o pedal.

A BMW pensa mesmo em tudo.