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Quatro portas, quatro anos depois

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Demorou, mas o Astra ganhou uma versão conveniente
e desejada há tempos – e traz outras boas novidades

Texto e fotos: Fabrício Samahá

A maioria de nossos leitores viveu, mesmo que ainda não dirigisse, os tempos de rejeição aos automóveis de quatro portas, até 10 ou 15 anos atrás. Talvez por causa -- ou por culpa? -- do Fusca, que motorizou o Brasil com suas apenas duas portas, muitos de nós abriam mão da conveniência e até da segurança (remoção dos passageiros de um veículo acidentado, por exemplo) dos quatro-portas em nome de uma série de preconceitos, que chegavam a justificar que "são para táxi" em uma época de predomínio dos duas-portas até nesta classe profissional...

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A incompreensível ausência do cinco-portas, sempre oferecido na Europa, pertence
ao passado. A linha 2003 teve a frente e a traseira renovadas, com bom resultado

Essa época voltou à tona em 1998, quando a General Motors apresentou aqui seu moderno e atraente Astra sem uma das versões disponíveis na Europa, que certamente teria êxito: a cinco-portas ou hatch quatro-portas, como a marca prefere chamá-la. Todos os concorrentes já ofereciam a prática opção e alguns já haviam aposentado a de três portas, mas a GM alegava que oferecer quatro portas laterais tanto no hatch quanto no três-volumes, lançado meses depois, traria concorrência interna -- canibalização, no jargão do mercado automobilístico.

Passaram-se quatro anos e tudo parece ter mudado -- dentro da empresa, pelo menos. De repente o risco de perder clientes do Sedan para o cinco-portas deixou de importar: o interesse agora é vender mais Astras, para combater a chegada de novos e atraentes médio-pequenos como Stilo, Peugeot 307 e mesmo Focus. Todos, não por uma coincidência, oferecendo cinco portas como padrão.

O friso cromado na grade e a tampa traseira "lisa", sem a placa, o identificam com
os últimos lançamentos da marca na Europa; as colunas posteriores estão mais largas

Ao avaliar o Astra CD 2003 com motor 2,0-litros de oito válvulas (agora a única opção, salvo para o esportivo GSi), transmissão automática e, claro, as cinco portas, a sensação do BCWS foi uma só: por que não surgiu antes? Por que a GM aceitou perder para outras marcas, por quatro anos, um volume razoável de clientes que faz questão de um cinco-portas? As vendas de outubro já mostram sua aceitação: foi responsável por 31% do total de 6.353 Astras, contra 26% do três-portas e 43% do Sedan -- e nossa perspectiva é de que crescerá ainda mais. Continua

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Data de publicação deste artigo: 23/11/02

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