O Astra adere ao álcool Versão
1,8 movida ao combustível vegetal tem menor |
Depois de representar 95% do mercado, nos anos 80, e ser quase extinto na última década, o carro a álcool retorna -- ainda que discretamente. Benefícios concedidos a taxistas,
renovação da frota do governo com modelos a álcool e, sobretudo, uma notável vantagem de preço no abastecimento têm motivado os fabricantes a lançar novas opções com o combustível vegetal, como o recente Astra Sedan GL 1,8 que o
Best Cars Web Site avaliou. |
Sem alterações externas na
versão a álcool, o novo Astra mantém as qualidades conhecidas:
amplo espaço, suspensão robusta, ótima estabilidade |
A única versão a álcool da linha Astra (a outra opção da General Motors é o Corsa Wind
hatchback 1,0; leia avaliação) tem objetivo claro: conquistar os taxistas, que
vêm abandonando o Vectra -- pelos altos consumo e custo de manutenção,
segundo alguns deles -- e garantindo a permanência do Santana no mercado. Aproveitando o desconto de 20% do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), e 12% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), a GM preparou para os motoristas de praça um preço interessante:
R$ 20.466, incluídos ar-condicionado, direção assistida, alarme e controle elétrico dos vidros, travas das portas e retrovisores. |
O interior vem
ganhando aprimoramentos, como conta-giros, tomada 12V para acessórios
e mostrador digital com relógio e temperatura externa. Mas ainda há
pontos a corrigir |
A menor rotação de torque é relativa, pois o motor a gasolina possui um "pico" a cerca de 2.400 rpm e outro maior a 4.800 rpm,
sendo apenas aparente a falta de força em baixos regimes. Para aproveitar o maior torque, a relação de diferencial foi alongada, o que tornou esse Astra muito agradável de dirigir: as respostas ao acelerador são rápidas sem que o nível de ruído se eleve muito, mesmo em alta velocidade.
Apesar da aspereza gerada pela maior taxa de compressão, há boa
suavidade de funcionamento. |
O maior torque do motor a
álcool permitiu alongar a relação de transmissão, o que tornou
este Astra muito agradável e silencioso no uso rodoviário, sem
perder em agilidade |
Há, porém, inconvenientes: o Astra a álcool tem autonomia média de 481 km, ante 619 km da versão a gasolina, o que implica mais reabastecimentos; é preciso manter o reservatório de gasolina, necessário para partida a frio; e alguma hesitação nos primeiros instantes de funcionamento pode ser percebida. Estranha-se também a rotação elevada, quase 2.000 rpm, que o motor pode atingir por momentos ao ser ligado a frio, justamente quando a lubrificação é menos eficaz (o óleo está mais viscoso e concentrado no cárter).
Continua |
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