Ao passar rápido por uma lombada nota-se que desta vez, ao contrário do Golf importado do México de 1994 a 1998, os amortecedores contam com batente hidráulico para evitar ruído ao "descer" do obstáculo. Cuidado, porém: em velocidade intermediária -- em que um Astra, Focus ou Marea passa sem se dar conta -- é fácil bater o protetor de cárter no asfalto quando a frente desce, pois a suspensão é macia demais.

A VW sabe do problema, que era extensivo ao Golf e foi amenizado este ano, na versão 1,6 deste último, com a troca do motor por um mais distante do solo. Mas no Bora caberia uma recalibragem de molas e amortecedores para sustentar melhor a frente, como ocorre nos concorrentes. Para muitos, porém, nada disso incomoda tanto quanto o preço.

O Bora chegou um pouco caro: começa em R$ 35.812 e passa a R$ 40.606 logo com o primeiro grupo de opcionais, que incluem os tão desejados ar-condicionado e controle elétrico dos vidros. O segundo pacote, com bolsas infláveis e freios antitravamento, entre outros itens, o leva a R$ 44.185 com pintura perolizada -- e ainda se trata da versão básica com câmbio manual, sem os requintes da Comfortline.