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O interior é claramente Marea, apesar de detalhes próprios como o volante. Em relação ao três-volumes, nota-se visibilidade traseira algo prejudicada pelo vidro inclinado e o porta-malas alto. Este tem capacidade de 370 litros, apenas 60 menos que o Marea. Destravamento automático das portas em colisões, toca-CD incorporado ao painel e temporizador dos controles elétricos dos vidros são bem-vindas novidades na família. O banco traseiro oferece três apoios de cabeça, positivo para a segurança, mas o espaço para pernas e cabeça é apenas razoável.

Pontos fortes são o estilo, bom desempenho da suspensão, preço acessível e segurança, que inclui opção de bolsas infláveis laterais

É Brava mas não morde

Sucessão do Tipo (que vendeu pouco nas versões 2-litros), preço acessível e clara diferenciação do Marea nortearam a Fiat a oferecer o Brava apenas com motor de 1,6 litro, duplo comando e 16 válvulas, emprestado do Palio. Para enquadrá-lo em faixa de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) mais favorável, uma incoerência que agora acabou (saiba mais), o motor perdeu 7 cv de potência e 0,3 m.kgf de torque, ficando com 99 cv e 14,8 m.kgf. O ponto máximo de torque aparece só a 4.750 rpm, embora a curva seja razoavelmente plana.

Motor mais fraco, num carro cerca de 200 kg mais pesado que o Palio 16V, não poderia dar noutro resultado: o Brava é lento nas saídas, exigindo bom uso da embreagem em ladeiras e reduções de marcha freqüentes em lombadas ou ultrapassagens. A suavidade do motor permite "girar" sem esforço aparente, mas o consumo sobe bastante nessas condições. Reduzir ainda mais o diferencial, pouco mais curto que o do Palio em função dos pneus mais altos, traria ruído e desconforto em viagens -- hoje, 100 km/h em quinta marcha representam 3.000 rpm.

Desempenho em alta rotação convence, mas não o torque em baixa. Motor
de 1,8 litro agora adotado no Marea seria ótima pedida

Como está, o Brava convence pelos índices de desempenho declarados (184 km/h de velocidade máxima e 10,8 s na aceleração de 0 a 100 km/h), mas não pelas respostas em baixa rotação. Por outro lado, absorve bem as irregularidades do piso, passa por lombadas sem ruídos (há batente hidráulico nos amortecedores), freia com eficiência e demonstra estabilidade correta. Poderia melhorar com um pouco mais de carga nos amortecedores traseiros, que geram alguma oscilação em curvas de alta como as efetuadas no percurso de teste, cerca de 85 km na região de Embu, SP, onde a imprensa o avaliou.

A Fiat tem nas mãos a solução para reanimar o Brava: o motor de 1,8 litro e 127 cv, recém-lançado no Marea SX, que na Europa o equipa em versão de 113 cv. Durante a apresentação à imprensa, a marca negou a intenção de assim equipá-lo, alegando demanda pouco significativa. Mas o mercado, soberano como sempre, é que decidirá se o Brava mais bravo será privilégio dos europeus.

Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 86,4 x 67,4 mm. Cilindrada: 1.580 cm3. Taxa de compressão: 9,3:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 99 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 14,8 m.kgf a 4.750 rpm.
CÂMBIO - manual; 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (opcional).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica; diâmetro de giro, 11,1 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira, independente, eixo arrastado, estabilizador.
RODAS - 5,5 x 14 pol.; pneus, 185/65 R 14.
DIMENSÕES - comprimento, 4,187 m; largura, 1,741 m; altura, 1,413 m; entre-eixos, 2,54 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas, 370 l; peso, 1.140 kg (SX), 1.170 kg (ELX).
Desempenho e consumo
DESEMPENHO - velocidade máxima, 184 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 10,8 s.
CONSUMO - em cidade, 10,1 km/l; em estrada, 14,8 km/l.
Dados do fabricante

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