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Bancos, painel, volante e comandos são iguais ou similares aos do Fiesta. Isso inclui inconvenientes, como os assentos curtos (falta apoio para as coxas) e rasos (não retêm o corpo nas curvas), os plásticos de qualidade sofrível e os mostradores de combustível e temperatura difíceis de ler, dentro do velocímetro. Mas há também os bons detalhes, como a alavanca de câmbio bem localizada, os práticos difusores de ar e muitos porta-objetos -- um deles sob o assento do passageiro da frente, que se desloca para dar acesso.

Muito espaço para objetos, alguns bem criativos: uma "minigeladeira" no painel, nas
versões XL e XLS, e o banco dianteiro rebatível para acesso ao compartimento

A posição de dirigir, já alta no automóvel, ficou ainda mais neste SUV, o que vai agradar aos que apreciam essa característica. Como tem o mesmo entreeixos e largura semelhante à do Fiesta, o EcoSport não é mais espaçoso que ele, o que não chega a ser um demérito, dadas as boas acomodações do hatch. O porta-malas é que decepciona a quem espera dele um carro familiar: apenas 296 litros (305 no Fiesta), bem menos que os 460 da Palio Adventure, seu mais próximo concorrente nacional.

Motor de Mondeo   Os dois motores Zetec Rocam vêm direto do Fiesta e oferecem desempenho apenas regular ao EcoSport, que é bem mais pesado (o Supercharger pesa 1.200 kg, contra 1.028 kg do hatch) e tem maior área frontal (esse fator, assim como o coeficiente aerodinâmico, Cx, não foi informado até o momento). O BCWS dirigiu ambos e recomenda o 1,6-litro, já que o Supercharger dispõe de insuficiente torque em baixa rotação, tornando o dirigir pouco prazeroso.

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O motor Duratec 2,0, emprestado do Mondeo, garante agradável agilidade à versão de topo
 

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A estrela da linha é mesmo o Duratec 2,0, de 143 cv, produzido no México (os demais vêm de Taubaté, SP), que tem na melhor relação r/l (0,298 contra 0,312, para funcionamento mais suave) e no bloco de alumínio (mais leve que o de ferro fundido) suas maiores vantagens sobre o conhecido Zetec 2,0 16V do Focus. Embora com potência e torque máximos em regimes elevados (6.000 e 4.250 rpm, na ordem), o oposto do que se espera de um SUV, o EcoSport 2,0 anda muito bem.

Há força o bastante desde baixas rotações -- 85% do torque já a 1.500 rpm -- e as relações de marcha curtas (produzindo 3.600 rpm a 120 km/h em quinta, o que eleva o nível de ruído além do ideal) o deixam especialmente ágil. A aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos indica sua agilidade, embora a velocidade fique em 180 km/h devido ao limitador eletrônico -- certo exagero, já que os pneus suportam 190 km/h e o carro tem estabilidade para tanto. A Ford diz que o veículo é seguro, as estradas é que não... O consumo declarado é um pouco alto (veja números), mas coerente com a potência.

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O EcoSport XL com motor 1,0 Supercharger: boa aparência e equipamento de série
adequado, mas com alguns itens ausentes e desempenho bem abaixo do ideal

O câmbio é o mesmo do Fiesta, mesmo na versão mais potente, sendo porém reforçado para o torque adicional. Tem engates precisos e a habitual marcha à ré de fácil engate, ao lado da quarta. Também vieram do carro as suspensões, com as devidas recalibrações, e os freios, a disco apenas na frente e com sistema antitravamento (ABS) na versão 2,0 apenas.

Todo EcoSport tem tração dianteira. As versões 4x4 chegam só no final do ano. Questionada pelo BCWS, a Ford não informa se a tração será permanente, se terá redução e que suspensão traseira será utilizada, já que não poderá ser mantido o eixo de torção. Havendo redução, o carro poderá ser vendido aqui com motor diesel, já que o 1,4-litro com que é produzido destina-se hoje só a exportação.
Continua

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