E quanto ao preço? Bem interessante: começando em R$ 19 mil (frete incluso), a versão 1,0 leva boa vantagem sobre o Corsa de 71 cv (R$ 20,2 mil), 206 Selection de 70 cv (R$ 20 mil) e até o Gol básico de 65 cv (R$ 19,4 mil). O Supercharger, a R$ 23 mil, custa menos que o Palio ELX 1,25 de 80 cv (R$ 24,1 mil), Corsa 1,8 de 102 cv (R$ 25,2 mil) e Polo 1,6 de 101 cv (R$ 29 mil). Os dois últimos, mais Clio, 206 e Palio 1,6 16V, serão os adversários do Fiesta 1,6, de R$ 25 mil. Lamenta-se que as bolsas infláveis constem apenas do último (e mais caro) pacote de opcionais, como no Focus 1,8.

Preços básicos variam de R$ 19 mil a R$ 25 mil, muito competitivos: há
concorrentes de geração bem anterior que custam mais com potência semelhante

A Ford ficará em desvantagem, porém, em potência: a concorrência vai de 101 cv (Polo) a 110 cv (Clio e 206), sem falar no futuro Polo 2,0 de 116 cv. A nosso ver, a solução seria otimizar o 1,6-litro com a adoção de cabeçote de duplo comando e quatro válvulas por cilindro, para que chegasse perto de 110 cv e justificasse o fato de ser o topo da linha, já que a atual vantagem de 3 cv sobre o Supercharger não convence ninguém a pagar mais R$ 2 mil. Quem sabe essa medida ainda venha no futuro.

Um último ponto: talvez sejam apenas as unidades de avaliação da imprensa, mas o carro não transmite impressão de qualidade. Havia grandes (e irregulares) folgas entre painéis metálicos, componentes plásticos soltando-se, comandos do painel de acionamento duro e impreciso. Algo a ser verificado em futuras avaliações completas.

No todo, porém, não restam dúvidas sobre o acerto do novo Fiesta, que reúne condições para ampliar rapidamente a presença da marca no mercado. Uma nova fase para a empresa americana pode estar começando.

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