O BCWS avaliou o Hilux também em percursos fora-de-estrada, com terra e lama, onde a tração 4x4 e a redução puderam ser utilizadas com proveito. Mais uma vez, não restaram dúvidas sobre sua valentia e robustez, transmitindo a sensação de um produto adequado a essas solicitações. Como se vê, a aplicação correta do veículo é essencial para a satisfação do usuário.

E por falar em satisfação, a Toyota bem poderia providenciar algumas melhorias: ajustes de altura para o banco do motorista (bem mais próximo do assoalho do que em outros picapes, o que nem todos apreciam) e para os cintos dianteiros, bolsa inflável também para o passageiro (os concorrentes têm), hodômetros digitais (menos vulneráveis a comerciantes desonestos) e um rádio/toca-CD mais prático. O Alpine atual, além de só funcionar com a chave no contato, requer que se aperte o botão por 3 s para ser desligado, o que não se justifica.

Em contrapartida, alguns aprimoramentos trouxeram mais segurança: bolsa inflável para o motorista, encostos de cabeça e cintos de três pontos para dois ocupantes da traseira (pena que a posição do banco seja muito desconfortável) e sistema antitravamento de freios (ABS) "de verdade", ou seja, nas quatro rodas. S10 e Ranger (exceto a versão Executive do GM) o têm apenas nas posteriores, o que apenas evita o travamento dessas rodas sem carga, mas não garante a dirigibilidade esperada de um ABS.

Em comparação a esses concorrentes, o Hilux SRV perde em desempenho e estética, mas traz mais equipamentos de série que o S10 (como freios ABS e bolsa inflável). Seu preço é que poderia ser mais baixo: R$ 70.453, não muito interessante diante dos R$ 62.209 do S10 DeLuxe, R$ 67.282 do Ranger XLT e R$ 56.900 do Mitsubishi L200 GLS, todos a diesel, com cabine dupla e tração 4x4.

O motor turbodiesel, com controle eletrônico de injeção e acelerador, e suas curvas de potência e torque