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Boas e más novidades na linha Palio

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Sai o motor 1,6 16V importado, entra o 1,8 nacional de
origem GM: veja como fica a família de pequenos da Fiat

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: Fabrício Samahá e divulgação

A permuta de motores, em geral o primeiro passo em associações de fabricantes, veio mesmo para ficar entre a General Motors e a Fiat, que juntas criaram a divisão Powertrain, responsável pela fabricação de propulsores. Começou em setembro com o Stilo, prosseguiu com o Strada em novembro e chega, agora, aos demais membros da linha Palio, todos com opção do 1,8-litro de origem GM.

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O mesmo do Corsa, Meriva e Stilo, o motor 1,8 de 103 cv trouxe grande agilidade
ao Palio, mas não melhorou o consumo, a velocidade máxima nem... o preço

Há razões tanto para comemorar quanto para lamentar. A comemorar, o expressivo ganho em torque em relação ao motor Fiat 1,6 de 16 válvulas: de 15,4 m.kgf a 4.500 rpm passou a 17 m.kgf a 2.800 rpm, isto é, 10% mais força no ponto máximo, que ocorre em regime bem mais baixo. Se no Palio hatch o propulsor anterior era mais que suficiente, dando-lhe desempenho à altura dos mais rápidos carros pequenos nacionais, nos mais pesados Siena e Palio Weekend o novo torque é bem-vindo, sobretudo com carga máxima.

E a lamentar? O leitor habitual do BCWS já sabe: no lugar de um 1,6 bastante suave, que adorava "girar", está agora um 1,8 com a pior
relação r/l de que temos conhecimento, o que se reflete em um funcionamento áspero e inaptidão para altas rotações. Quem apreciava o tempero esportivo da linha Palio, a personalidade típica italiana de entusiasmar pela potência e pelo ruído em alto giro, vai reprovar a novidade à primeira esticada de marcha.

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Para a Adventure, o ótimo torque em baixa rotação é bem-vindo no uso
fora-de-estrada; as rodas de alumínio agora são de série sem aumento de preço

Com a mudança, motivada por uma questão financeira antes de tudo -- o motor 1,6 era importado da Itália, tornando-se caro com o dólar nas alturas --, a Fiat parece deixar de lado esse aspecto da tradição da marca, adotando um motor que é a antítese do que ela sempre ofereceu. Esqueça as altas rotações: agora se dirige a linha Palio com facilidade na faixa de 2.000 a 2.500 rpm. A marca poderia até ter alongado a transmissão (apenas a Adventure ficou 4% mais longa) para reduzir o consumo, que se mantém nos níveis anteriores. Na estrada passou de 16,2 para 16,3 km/l, no caso do hatch. Continua

Doblò e Marea: os próximos?
Com a missão de substituir os motores importados pelos nacionais, a Fiat tem no utilitário Doblò o próximo alvo: embora sem confirmação oficial, é muito provável que nos próximos meses receba os motores 1,25 e 1,8 da linha Palio, em substituição aos atuais 1,25 16V e 1,6 16V, este italiano. Com o fim do Brava (ainda não confirmado pela marca mas tido como certo), resta apenas o Marea com os motores importados de 1,75, 2,0 (turbo)
e 2,45 litros, este utilizado também no Stilo Abarth. O 1,75 bem poderia dar lugar ao 1,8 16V da Powertrain, de 122 cv: apesar da aspereza e da perda de 10 cv, o ganho de torque viria ao encontro das necessidades de um sedã familiar. No caso dos demais, porém, a nacionalização é mais difícil. A não ser que a Fiat encare a fúria de seus admiradores e os troque pelos 2,0 e 2,2-litros... da GM.

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Data de publicação: 6/2/03

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