Seja nos equipamentos de série, seja nas impressões ao dirigir, os três modelos revelam certo equilíbrio, alternando vantagens e desvantagens que não chegam a decidir a escolha. E quem não se decidiu até aqui não o fará pelo preço. O 206 Soleil custa R$ 20.290, o Corsa GLS R$ 18.873 e o Palio ELX R$ 18.767, todos sem opcionais. Com todas as opções disponíveis (saiba mais), o Peugeot passa a R$ 23.790 (não inclui acessórios instalados em concessionária), o GM a R$ 27.442 e o Fiat a R$ 27.555.

O grande trunfo do 206 é o desenho moderno e diferenciado, o que pode representar muito num tempo de carros tão semelhantes. Também se mostra a melhor opção para os que privilegiam o comportamento dinâmico. Só por esses fatores já se pode considerar válida a diferença de preço básico para os concorrentes. A Peugeot, ampliando de modo significativo a rede de concessionárias e baixando custos de peças e revisões, demonstra agressividade num mercado competitivo como o brasileiro.

Embora envelhecido e carente de renovação, o Corsa apresenta bom pacote de acabamento e equipamentos, num conjunto ainda válido em termos de desempenho e eficiência. Tem valor de revenda adequado e facilidade de assistência (com a maior rede de concessionárias das três marcas), mas será o primeiro a se desatualizar -- modelo reestilizado está em vias de lançamento na Europa, devendo chegar ao Brasil em 2000 (saiba mais).

Sem o estilo do Peugeot e o acabamento do GM, o Palio sai em ligeira desvantagem deste comparativo. Apesar da amplo espaço interno e do conjunto mecânico honesto, algumas falhas requerem atenção urgente da Fiat, como o ar-condicionado de difícil regulagem (saiba mais), e a sensação geral é de obter um carro mais pobre pelo mesmo preço do Corsa, com prejuízo à relação custo-benefício. As três marcas -- e o consumidor -- devem manter sua atenção nesse segmento, que ainda vai ganhar boas novidades nos próximos meses. Continua