O desempenho não entusiasma, mas dá conta do recado: 180 km/h de velocidade final e 0-100 km/h em 11,5 s, de acordo com a VW. Se o Polo também não é um campeão de economia, as marcas de 12 km/l em cidade e 15,8 km/l em estrada (também de fábrica) são coerentes para seu porte e potência. As relações de câmbio chegam a ser curtas demais para as características do motor, gerando rotações desnecessárias em viagem -- a VW poderia usar câmbio 4+E, de quinta longa, como no Gol 1,8 até 1994, ou ao menos fazer coincidir as rotações de potência e velocidade máximas. O acelerador deveria tornar-se mais leve, mas os engates são precisos. 

A suspensão do Polo está bem calibrada para nossas condições, equilibrando estabilidade e conforto em doses adequadas a um modelo familiar. O que precisa ser corrigido -- ou melhor, já o deveria desde que o carro chegou ao Brasil -- são os amortecedores sem batente hidráulico, que produzem ruído ao "descer" de lombadas, transmitindo sensação de fragilidade. O recurso é comum em carros nacionais e chegou a ser implantado nas unidades do Fiat Tipo italiano que vinham ao Brasil, o que mostra que basta a VW desejar.

Mas não é um problema grave -- e, em troca, o carro oferece opcionais de segurança como freios antitravamento (ABS) e duas bolsas infláveis. À fabricação argentina, ainda rejeitada por muitos, não se atribui nenhuma falha ou imperfeição do modelo avaliado e até a pintura do cofre do motor equivale-se à externa, o que não acontece em um caro Vectra CD.

O preço de R$ 26.760 (podendo chegar a R$ 35.493 com todos os opcionais; veja relação abaixo) é que poderia ser mais competitivo diante do Corsa Sedan Super (R$ 22.766), Siena ELX (R$ 24.950) e Clio Sedan RN (R$ 24.350), os três com motor de 1,6 litro, sendo os dois últimos com 16 válvulas e potência superior à do VW. E o Polo deve ser logo substituído por um derivado do projeto PQ-24, do qual também nascerá o novo Gol. Mas ainda é uma opção a considerar. Continua