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Para enrugar o asfalto

Torque de sobra é o que promete o Dakota R/T V8,
de 232 cv. Vamos ver se ele cumpre o combinado

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Se o que os compradores de picapes procuram é porte imponente, sensação de domínio do trânsito e torque de sobra, o Dodge Dakota R/T vai agradá-los em cheio. Com uma versão atualizada do motor V8 de 318 polegadas cúbicas (5.218 cm3) dos antigos "Dodjões", a mais nova versão atinge 232 cv de potência e 40 m.kgf (!) de torque. De enrugar o asfalto!

Único picape de oito cilindros hoje no mercado, o R/T (road and track, estrada e pista) não é, porém, o primeiro nacional dessa configuração, como a Chrysler inicialmente divulgou. A Ford e a própria Dodge já fabricaram modelos pesados com motores V8 no passado. O que não lhe retira o mérito de liderar em cilindrada e potência a oferta de picapes no mercado, incluindo os grandes (F250 e Silverado) e os importados oficialmente. Um título que os concorrentes médios (S10 e Ranger, sobretudo) não terão como arrebatar, pois não oferecem versão V8 nem mesmo nos Estados Unidos.

Estilo é um atrativo indiscutível do Dakota, e vem acentuado nesta versão pelos enormes pneus, rodas de 8 pol de tala e grade na cor da carroceria
Embora para muitos pareça um exagero em motorização, a oferta do R/T -- com cabine simples e estendida, sempre com câmbio automático -- se justifica pela predominância (65% das vendas de 1999) da versão Sport V6 na linha. Já S10 e Ranger vendem menos com seis cilindros, cabendo a liderança às versões turbodiesel.

A Dodge espera que o novo motor assuma 17% do mix do Dakota este ano, tomando algum mercado do V6 e também do picape pesado Ram, só trazido por importadores independentes. Custa R$ 45.690 com cabine simples e R$ 48.750 com a estendida, valores próximos aos do Turbodiesel e R$ 6.000 mais altos que o Sport V6 de câmbio manual.

As linhas modernas e imponentes do Dakota receberam novos detalhes que acentuaram sua agressividade: molduras nos arcos dos pára-lamas, pintadas na cor da carroceria assim como a grade, rodas de alumínio com 8 pol de tala (7 pol no V6) e logotipos "5.2 R/T" nas laterais e traseira, além de "V8" junto aos faróis. Os pneus são 31 x 10,5 R 15 S, de perfil alto e desenho para uso misto.

O R/T pode ser adquirido com cabine simples ou estendida, sempre com câmbio automático. Uma cabine dupla de quatro portas está a caminho

O resultado é bom, mas não há comparação com o R/T oferecido no mercado norte-americano. Lá a suspensão é mais baixa, rodas de 17 pol recebem pneus de perfil baixo, 255/55, e até os retrovisores são esportivos e compactos.

Por dentro, há de novo apenas a alavanca do câmbio na coluna de direção -- outro retorno ao passado, em se tratando de veículo nacional --, toca-CD (apenas toca-fitas no V6) e indicador de marchas no painel. A exemplo da versão Sport, a R/T vem completa de série, com ar-condicionado, duas bolsas infláveis (podendo-se desativar a do passageiro), controles elétricos de vidros, travas e retrovisores, computador de bordo e travamento das portas via controle remoto. Continua

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