Fiesta com roupa de briga Com motores de 1 e 1,6 litro, a versão
Sport chama |
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Confirmando a tendência de versões esportivas apenas na aparência, sem grandes modificações mecânicas -- Palio Weekend Sport, Escort RS e, mais recentemente, Astra Sport --, a Ford coloca nas ruas no início de junho uma série limitada com visual bem interessante: o Fiesta Sport. Ainda sem preço definido, a série -- de 1.000 unidades, não sendo descartada sua continuidade se a resposta do mercado for positiva -- vem em configuração única (cinco portas e na cor vermelha). Mas há opção de motores Zetec Rocam de 1 litro e 65 cv (GL Sport) e 1,6 litro, 95 cv (GLX Sport). Sugerimos a oferta de outros tons, como preto e prata, pois nem todo apreciador de esportivos deseja a cor disponível. |
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As maiores novidades estão na frente, com a polêmica tela cromada. Traseira ganhou saia no pára-choque e o aerofólio é de série |
Apenas ar-condicionado é
opcional com o motor menos potente: o restante vem de série,
como o próprio ar na versão 1,6, direção assistida,
controles elétricos de vidros e travas (faltam os de
retrovisores), pára-brisa degradê, banco traseiro
bipartido, chave com iluminação e preparação de áudio.
A Ford insiste, porém, em não fornecer o carro com
sistema de som de fábrica, devendo ser aplicado em
concessionária. As principais novidades do Sport estão na frente, com um spoiler agressivo aplicado ao pára-choque, faróis de neblina redondos, luzes de direção com lente incolor e, no lugar da grade, uma tela trançada e cromada, que contrasta com a carroceria -- o item mais polêmico da versão. |
Aplicação de cor alumínio no painel e pomo do câmbio foi mais adequada que no Palio Fire. O volante tem textura especial na região de pega | ![]() |
Laterais e pára-choque
traseiro também receberam saias e são de série rodas
de alumínio de 14 pol, com acabamento polido e fundo
escuro, e aerofólio no topo do vidro, além de ponteira
de escapamento cromada e ovalada. O conjunto está
equilibrado e vai conquistar seu público. O interior ganhou apenas retoques cosméticos, na combinação de cores. Bancos e painel são os mesmos, mas o revestimento é cinza-escuro e o volante tem textura na região de pega. Inspirado no Puma, cupê europeu derivado do Fiesta (à semelhança do Tigra em relação ao Corsa), painel e pomo do câmbio têm cor de alumínio. O detalhe pode não agradar a todos mas, sem dúvida, foi mais bem aplicado que na linha Palio Fire -- além de o tom de prata adotado não poder ser confundido, como o da Fiat, com plástico desbotado. |
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Item a ser revisto: sem ajuste de altura, o banco permite posição de dirigir adequada, mas fica alto demais para uma versão esportiva |
Da parte mecânica, apenas as molas da suspensão foram enrijecidas e os amortecedores passaram a pressurizados. Até a medida dos pneus, 175/65, foi mantida, embora fosse interessante que a versão 1,6-litro passasse aos 185/60, para ganho em aparência e velocidade em curva. Agilidade Embora intocado, o motor de 1,6 litro, oito válvulas e 95 cv, único disponível para avaliação no evento promovido pela Ford, mostra desempenho adequado à proposta do Fiesta Sport. Acelera e retoma com grande agilidade e mantém velocidade sem esforço aparente, primando pela suavidade de funcionamento. O escapamento emite um ronco discreto. |
Molas e amortecedores modificados trazem bom comportamento dinâmico, sem prejuízo ao conforto | ![]() |
Os engates de câmbio não
comprometem, mas poderiam ser mais curtos e precisos para
uso mais entusiasmado. Ponto alto é a embreagem macia,
de comando hidráulico. No percurso de avaliação, pelas
vias Anchieta e Imigrantes, em São Paulo, foi possível
perceber a boa calibragem da suspensão, que o mantém
firme e sem balanços, mas não compromete o conforto. O que a Ford deveria rever são o banco e volante sem regulagens de altura. Mesmo obtendo posição de dirigir adequada, o motorista não se sente numa versão esportiva, em função da altura elevada do assento. Os mais altos chegam a ter de reclinar o encosto para não roçar a cabeça no teto. Ka e Escort também deixam a desejar esses ajustes, mas em nenhum deles o espaço vertical é tão crítico quanto no Fiesta. |
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Motor e câmbio não mudam, mas estão adequados ao perfil da série. O mesmo talvez não possa ser dito do um-litro, embora esteja entre os melhores da categoria |
Os compradores da série ficarão também sem destravamento das portas a distância, encostos de cabeça traseiros e relógio, itens importantes e muito comuns hoje. Mas vão chamar muito a atenção nas ruas -- com um pacato Fiesta que parece ter passado por uma boa oficina de preparação estética. |
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