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Os dois lados da moeda

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Zafira inova com espaço para sete pessoas, mas é com
apenas cinco que revela suas maiores virtudes

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Toda moeda tem dois lados. No caso da Zafira, minivan da linha Astra que chegou ao mercado nacional em abril, esse provérbio justifica alguns pontos negativos que se opõem a várias qualidades. O Best Cars Web Site avaliou por cerca de 800 quilômetros a versão de entrada, sem identificação de acabamento, mas conhecida como oito-válvulas para se diferenciar da 16V. Custa R$ 34.633 sem opcionais, podendo chegar a R$ 44.543 com a adição de todos eles.

Vamos começar pelo grande atrativo da Zafira: a capacidade de sete pessoas, duas a mais que nas concorrentes Scénic (leia comparativo) e Xsara Picasso. É o primeiro carro com esse benefício em seu patamar de preço: excluindo as vans utilitárias, não se têm sete lugares em carro novo por menos de R$ 70 mil. Só que, para ser utilizada, essa capacidade implica um conforto limitado para os ocupantes dos dois pequenos bancos traseiros, além da redução do espaço para bagagem a enxutos 150 litros -- menos que o porta-malas de um Ka. Fica mesmo restrita a percursos urbanos ou viagens curtas.

Clique para ampliar a imagem Estilo da Zafira é menos arrojado do que o das concorrentes Scénic e Picasso, mas agrada. Suas maiores qualidades estão no interior

A GM optou por não utilizar a remoção de bancos para obter a modularidade interna típica das minivans. Na Zafira os assentos são apenas rebatidos, por um sistema bem elaborado (o FLEX7) que não requer a leitura do manual nem ajuda de outra pessoa para ser bem aproveitado, embora algumas operações exijam certo esforço. Bom para quem mora em edifícios e não teria facilidade em guardar os bancos removidos, mas há a desvantagem de carregar todo o tempo o peso de dois bancos inúteis no carro.

O banco central -- único, ao contrário dos individuais da Scénic, mas com encosto bipartido -- pode ser ajustado em distância em até 54 cm, com possibilidade de abrir nada menos que 46 cm de espaço para as pernas, caso o dianteiro direito não esteja ocupado. Deve ser deslocado para a frente e ter o encosto rebatido, como num carro de duas portas, para o acesso aos bancos traseiros. Ainda assim há certo desconforto, antecipando o que esses ocupantes perceberão ao sentar.

Posição de dirigir é confortável e permite ampla visibilidade, mas os pedais e a alavanca
de câmbio ficam muito baixos. Ponto alto é o conforto no banco central -- incluindo
o ocupante do meio --, cuja forma evidencia a boa acomodação para três pessoas

Embora haja espaço adequado em altura, as pernas só ficarão acomodadas se o banco central estiver mais à frente, e a visibilidade do "pessoal da classe econômica" não é das melhores. O melhor mesmo é não precisar desses dois lugares e embutir os bancos no assoalho, liberando um porta-malas de fundo plano e muito, muito espaçoso: 600 litros, mais que qualquer perua do mercado. Nem é preciso se lembrar dos cintos (de três pontos), que permanecem fixados nas laterais.

Nessa configuração, o banco ex-central, agora traseiro, pode ser movido para trás e oferece muito conforto para três ocupantes, com o do meio desfrutando de uma acomodação rara em carros desse porte (4,31 metros). Pena não dispor de cinto de três pontos, que a Scénic possui. Se houver apenas o motorista ou mais um passageiro, também o assento central pode ser recolhido, liberando até 1.700 litros de espaço e um comprimento útil de mais de 1,5 metro.
Continua

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