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Identificado por fora apenas pelo logotipo na traseira, o carro pode vir com um ou dois cilindros de GNV; o comando abaixo do rádio mostra o nível do reservatório de gás e alterna o funcionamento entre o combustível gasoso e os líquidos

A tecnologia de integração da gasolina, álcool e gás é da Bosch, denominada Trifuel, que apresentou o sistema no 12º Congresso da SAE Brasil, em novembro do ano passado. O módulo eletrônico de comando (ECM) passa a contar com maior capacidade de processamento tanto em velocidade quanto em memória, para administrar os três combustíveis. Já o sistema de alimentação de gás da Rodagás é de quinta geração, sendo seqüencial.

O Astra Multipower 2,0 só é disponível com carroceria de três volumes e em acabamentos Comfort (R$ 51.066 com dois cilindros) e Elegance (R$ 55.519, idem). A Elite, superior, está fora da oferta de gás. A montagem do conjunto que permite usar gás é feita na própria produção, mas realizada por pessoal da tradicional empresa Rodagás, que fornece o sistema à GM (e já havia sido credenciada pela fábrica para instalar sistema a gás no Astra 1,8 Sedã a álcool, que o Multipower substitui, em dezembro de 2002).

A assistência técnica caberá à própria rede de concessionárias e oficinas autorizadas Chevrolet, o que é conveniente para o cliente, e a garantia é a normal do modelo, um ano sem limite de quilometragem (mas limitada a 50.000 km se o uso for comercial, como no serviço de táxi). A expectativa de venda é de 200 unidades por mês e a fábrica estima que metade desse volume será absorvida por taxistas e frotistas. As entregas começam nos próximos dias, porém restritas às praças com maior disponibilidade de gás natural. Os sedãs Comfort e Elegance Flexpower, claro, continuam em produção normal.

Dirigindo o Multipower   A única diferença que se nota no Multipower em relação ao Flexpower, do ponto de vista do motorista, é uma pequena tecla seletora no painel que permite escolher entre líquido e gás. A tecla traz na parte superior uma série de cinco LEDs para indicar o volume de gás no reservatório (ou reservatórios). O primeiro, mais à esquerda, é de cor vermelha para indicar esgotamento de 85%, e os demais, verdes. Continua

A questão da partida
A fábrica decidiu não prover o essencial sistema de partida a frio para álcool. Ficaria difícil encontrar espaço para o reservatório e a bomba de injeção sob o capô, uma vez que o conjunto de válvula redutora de pressão do gás e niple de reabastecimento ocupa grande espaço – mas não seria impossível, cabendo especular se não teria sido medida de redução de custo.

Por esse motivo, o motor só liga a gás, que é insensível às baixas temperaturas. Sempre que o volume de gás baixa a 15% do total, a alimentação é trocada automaticamente para o combustível líquido. Esse gás "de reserva" permite cerca de 10 partidas com um cilindro e o dobro com os dois.

Na ocasião da apresentação da versão à imprensa, veio a dúvida do BCWS e de alguns jornalistas de outros veículos: e se, por descuido do motorista, o gás acabar? Resposta: o motor não pega. Mas acabou sendo divulgada uma informação complementar, de última hora, que não constava do texto informativo fornecido: quando o gás acaba, o sistema alterna para o combustível líquido. Resolvido? Parece, mas ainda não.

E se o tanque contiver apenas álcool, como é que o motor vai pegar em temperaturas baixas, de 10º C a 15º C? Foi assegurado que pega assim mesmo, podendo apenas demorar um pouco. Em vista de tudo isso, mais o fato de o Flexpower
(álcool e gasolina) contar com sistema de partida a frio com álcool, fica para quando o BCWS receber o carro de teste o esclarecimento ao leitor.

De qualquer modo, o motorista precisará ficar atento à quantidade de gás natural nos reservatórios, da mesma forma que no caso da gasolina do sistema de partida a frio dos carros a álcool ou flexíveis. Isso tira a responsabilidade da GM pelos carros que deixarem de pegar em tempo frio.

O BCWS verificou junto à Rodagás que na instalação do sistema a gás no Astra 1,8 a álcool o sistema de partida a frio pode ser mantido ou retirado, ficando a critério do cliente. Nas quentes regiões Nordeste e Norte, por exemplo, pode ser descartado sem problema.

Ficou mais uma dúvida em relação ao Astra Multipower: em todas as instalações realizadas pela rede especializada há anos, em carros de várias marcas, a partida sempre é feita a combustível líquido. O motivo é permitir que o sistema original funcione um mínimo para garantir a integridade da bomba de combustível e das válvulas de injeção (bicos injetores). Caso contrário, como é sabido, a bomba pode travar e as válvulas carbonizarem por falta de uso.

Diz a GM que o cliente será instruído a usar o combustível líquido "de vez em quando", uma solução que não parece a ideal.

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