Nos comandos de seta e limpador, basta tocar a alavanca que ela volta para o lugar inicial. No começo até se estranha, mas depois não se quer outro. Após uma curva não há mais o tradicional clec de retorno. Pela primeira vez em um Série 5 o encosto do banco traseiro é escamoteável e dividido 1/3-2/3, mas o passageiro do meio sofre mais que antes com a dureza do próprio encosto — sem falar no volumoso e alto túnel central da transmissão. Além disso, três pessoas de porte normal ficam um tanto apertadas atrás, inesperado em um automóvel de suas dimensões. A não ser que por trajetos curtos, é um carro para quatro ocupantes, mas com muito espaço e conforto para os que vão atrás.

O ambiente interno à noite é típico de jato executivo moderno, a começar pelo grande monitor. A iluminação avermelhada em diversos pontos contribui para tal impressão. Há minúsculos focos de luz para iluminar a alavanca de câmbio, cinzeiro e bolsas das portas. Uma atmosfera cativante. O cuidado chega ao porta-malas, que tem duas luzes — uma delas para iluminar o estojo de ferramentas e primeiros socorros na tampa, tradicional da marca. Há também uma tomada de 12 volts ali. E são oito bolsas infláveis: duas frontais, quatro laterais de tórax (montadas nas portas e não nos bancos, como é comum) e duas cortinas para os vidros.

Críticas, poucas, como haver dois porta-copos escamoteáveis no painel e não se contar um lugar adequado para o celular, embora haja lugar para telefone sob o apoio de braço. Outra é a falta de faixa degradê no pára-brisa, mesmo que o vidro seja especial, atérmico. Mas o 550i Sport não deixa dúvida: realmente é um sonho de automóvel e a confirmação de que, se o dinheiro não traz a felicidade, faz a infelicidade bem mais confortável...