A GM na fase dos flexíveis

Com o motor 1,8 Flexpower, a gasolina e/ou
álcool, o Corsa ganha potência e mantém o preço

Chega ao mercado o segundo motor de combustível flexível (ou, como quer a General Motors, multicombustível) do mercado: o Corsa 1,8 Flexpower 2004, que alcança 109 cv de potência quando abastecido exclusivamente com álcool — eram 102 cv no motor convencional, que deixa de equipar o modelo. A gasolina, a nova motorização da Chevrolet desenvolve 105 cv (nos dois casos, a 5.400 rpm).

Os 4 cv fazem diferença, conforme o BCWS pôde constatar na avaliação entre São Paulo e Ribeirão Preto (trajeto de cerca de 300 quilômetros). O torque é de 18,2 m.kgf com álcool e 17,3 m.kgf com gasolina, ante 16,8 m.kgf do motor antigo. No caso da operação com gasolina, a taxa de compressão, agora de 10,5:1, explica os ganhos da novidade. Mas a GM, assim como a VW com seu Gol Total Flex, poderia ter sido mais ousada neste fator, já que o 1,0-litro VHC do Corsa e do Celta trabalha com taxa de 12,6:1 — e só com gasolina.

Com frete incluso, os preços do modelo começam em R$ 27.525 (hatchback básico) e R$ 29.303 (Sedan). "Não houve adicional no preço. É rigorosamente o mesmo valor de seu congênere a gasolina", afirma José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM. Como os motores flexíveis recebem a mesma alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos a álcool, dois pontos mais baixa, seu uso permite ao fabricante uma margem para absorver os custos da nova tecnologia sem aumentar o preço final.

Além do logotipo Flexpower na tampa do porta-malas (claro que os "discretos" adesivos mostrados nas fotos não o equiparão), só há uma novidade externa para a linha 2004 do Corsa 1.8: a chegada de duas novas opções de cores metálicas, o bege Nevada e o cinza Colima. Segundo Pinheiro Neto, a fábrica terá dois lançamentos no segundo semestre deste ano. Embora o executivo não revele, são o Celta com motor 1,4-litro (já produzido para exportação) e o novo picape Corsa.

Mas, como o lançamento da semana foi o do Flexpower, vamos a ele. A exemplo do Gol, o sistema funciona de modo automático e independe de qualquer ação do motorista. Depois de abastecer o veículo, a bóia do tanque identifica a alteração do conteúdo e o módulo de controle eletrônico (identificado pela sigla ECM, em inglês) entra em modo de reconhecimento. Continua

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Data de publicação: 28/6/03

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