Os cromados atraem a atenção
na frente e nas lanternas traseiras, que saem da mesmice e dão um
tempero arrojado a um carro de linhas tradicionais |
A
Ford, assim como outras já fizeram, lança mão da produção mexicana e de
um acordo comercial com aquele país e começa a trazer ao Brasil o Fusion
SEL. Lançado em setembro último nos Estados Unidos como sucessor do
Taurus (que esteve por aqui em suas duas gerações), o carro resulta de
um projeto conjunto das unidades da Ford sediadas lá e no Japão, México
e Brasil. A produção é na cidade de Hermosillo. O acordo comercial
Brasil-México permite que automóveis e outros bens de consumo durável
sejam importados isentos do imposto de importação.
Por isso, o Fusion SEL tem preço sugerido de R$ 79.990, o que permite
arriscar um palpite: fará estrago nos negócios dos concorrentes, dos
quais o alvo principal é o novo
Vectra Elite. O único opcional é o teto solar com comando elétrico
(de vidro), que faz elevar o preço para R$ 84.890. Cores? Apenas a
conhecida dupla prata-preto — "pelo menos no começo", disse Antônio
Baltar, gerente geral de Marketing da Ford. Um começo lento, em que a
primeira remessa será de mil unidades, as vendas iniciando-se em junho.
O embarque seguinte trará o dobro disso. Por aqui ele substitui o Mondeo.
Ao dirigir o Fusion, que é baseado na plataforma do Mazda 6, o Best
Cars confirmou que tem qualidades de sobra e imperfeições de menos.
O estilo exibe personalidade e foge do padrão, com uma ampla grade de
três largos frisos cromados e mais dois no pára-choque. O toque de cromo
envolve também os grupos ópticos traseiros e uma barra na borda da tampa
do porta-malas, cujo volume é recorde no segmento: 530 litros. Todavia,
o resultado é ajudado tanto pelo estepe fino, de uso temporário — e
conveniência duvidosa —, quanto pela posição "francesa" dos
amortecedores traseiros, quase na horizontal, o que elimina as comuns
torres que roubam espaço da bagagem. A tampa possui
dobradiças pantográficas.
A carroceria mostra inserção na tendência atual de cintura alta e quatro
janelas, como o rival Vectra novo (com quem divide a garantia de três
anos). Suas grandes dimensões — comprimento de 4,83 metros e distância
entre eixos de 2,73 m, mais a largura 1,83 m — só poderiam resultar em
espaço interno muito generoso. A largura interna na região do banco
traseiro é 10 centímetros maior que no Vectra, por exemplo. É realmente
para três passageiros, sem apertos. O encosto é rebatível e dividido em
1/3-2/3.
Continua |