O mais potente Corvette:
estilo imponente, interior bem-desenhado e um motor de 7,0 litros que
esbanja vigor, com potência de 512 cv e torque de 65,7 m.kgf |
Um
tira-gosto, pode-se dizer. Mas, como se diz, na hora da fome qualquer
coisa vale. E assim foi. A General Motors brasileira organizou uma
sessão de imprensa em seu campo de provas em Indaiatuba, SP com quatro
produtos da matriz que estão no Brasil para avaliação e/ou exibição: da
divisão Chevrolet, o Corvette Z06 e o Cobalt SS Supercharger; da
Pontiac, o Solstice; e da Hummer, o H3.
Foi possível andar nos quatro carros, ainda que por somente uma volta em
cada um na pista de durabilidade D1. Ela mede cerca de três quilômetros
e apresenta várias situações, dentre elas a exótica "serrinha", com
descida e subida, mais um pequeno trecho de média-alta velocidade na
parte baixa. Grande parte do percurso — mais de 500 metros — de nada
serve porque se trata de piso feito propositalmente bem irregular, como
os que tanto se vêem país afora. Os carros só puderam rodar normalmente
em solo pátrio por estar confinados no campo de provas da GM: usaram
gasolina premium sem álcool (E0) de especificação México, com 98
octanas RON, correspondente à nossa
premium. Caso contrário, sofreriam com a gasolina alcoolizada a 20-25%
por não estar devidamente calibrados para ela.
Corvette
Z06
Um carro que realmente impressiona pelo visual e pelo jeito de andar (leia
apresentação). O motor de bloco pequeno e 7,0 litros, com o
tradicional comando no bloco, desenvolve nada menos que 512 cv a 6.400
rpm e torque de 65,7 m.kgf a 4.800 rpm. Como o carro, um cupê, pesa
apenas 1.420 kg, graças ao amplo emprego de titânio, magnésio, alumínio
e painéis de material composto, dá para ter uma idéia do empurrão nas
costas. A fábrica declara aceleração de 0 a 100 km/h em menos de quatro
segundos. A velocidade máxima não deixa por menos: acima de 305 km/h. A
versão estava com caixa manual de seis marchas.
O carro é decididamente baixo, 1,244 m de altura, mas o interior é
aconchegante e esmerado ao extremo. No banco do motorista vêem-se em
destaque os pára-lamas dianteiros, numa visão das mais empolgantes. Está
tudo no lugar certo, exceto a alavanca do freio de estacionamento, que
fica totalmente à disposição do passageiro. Há o sistema de imagem
projetada no pára-brisa no nível dos olhos (head-up display),
visível mesmo com sol a pino e que indica velocidade, rotação do motor e
até aceleração lateral em g. Show de roda!
O comprimento algo grande de 4,445 m (entreeixos de 2,629 m) contribui
para a boa penetração na massa de ar à frente, com
coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,31. O
carro parece feito com só um objetivo em mente: andar rápido. Fazer
curva é com ele mesmo, bem como desacelerar. As suspensões independentes
usam braços triangulares desiguais e sobrepostos de alumínio, com mola
transversal de material composto — uma longa tradição do Corvette.
Continua |