No interior, apenas instrumentos do Palio Fire e seção central do painel
em cinza-claro, com novos comandos de ventilação. O acabamento permanece
simples, mas itens como controle elétrico dos vidros, rádio/toca-CDs e
agora direção assistida podem ser instalados em concessionárias |
As alterações, criadas
pelo centro do estilo da Fiat brasileira, levaram 18 meses e não têm
similar no mundo, já que o Uno italiano de 1990 possuía capô mais
arredondado e tampa traseira mais protuberante. A Fiat não informa o
novo Cx, mas se espera que o anterior de
0,34 tenha sido mantido. Como opcional, os pára-choques (que o deixaram
5 cm mais comprido) agora vêm pintados na cor da carroceria, algo
inédito no Mille e só adotado no Uno Turbo. Nesse caso há protetores em
preto nas extremidades, ausentes do modelo básico.
Por dentro, nada de novo painel como alguns esperavam: apenas os
instrumentos foram padronizados aos do Palio Fire, com velocímetro,
hodômetro totalizador digital e marcador de combustível apenas. Não há
mais o desenho do motorista com cinto atado e a recomendação fasten
seat belt, tão criticada pelos proprietários. A seção central do
painel agora vem em cinza-claro, de gosto discutível, e tem novos
comandos de ventilação. Há ainda outro revestimento para bancos e
laterais, encostos de cabeça arredondados e alerta programável para
excesso de velocidade (acessório).
O Uno Furgão e o Fiorino Furgão, que usam o motor Fire de 1,25 litro e
67 cv, receberam o mesmo estilo — apenas o dianteiro no caso do Fiorino — e mudanças internas. Na parte mecânica, a única novidade do
Mille é a oferta de direção assistida hidráulica como acessório, em kit
instalado em concessionárias por cerca de R$ 1.400 (pode ser aplicado a
modelos anteriores, desde que com motor Fire).
A Fiat não investiu muito, nem teria sentido fazê-lo em um carro que se
apóia no título de mais barato do Brasil para manter sua posição no
mercado. Posição, aliás, que surpreende para sua idade: é o quarto mais
vendido, com 96.500 unidades emplacadas no ano passado e um total
acumulado de 1,93 milhão desde a introdução do Uno.
O
que não mudou
Embora se trate de um velho conhecido, o BCWS aproveitou a
oportunidade para dirigir mais o Mille no autódromo de Tarumá, onde se
realizou o evento, e nas ruas e estradas da região. E confirmou mais uma
vez que um de seus trunfos é a honestidade da proposta, a qualidade de
cumprir exatamente o que seu estilo promete: um carro simples, econômico
e funcional para a fatia de entrada do mercado.
Continua |