No interior espartano e
mal-acabado em muitos detalhes, boas soluções de espaço, visibilidade e
praticidade
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Mais
relevante é o que ele oferece em praticidade e boas soluções de projeto.
Como a boa posição de dirigir, com banco macio mas confortável em longos
percursos, pedais bem localizados e um ótimo volante — embora a coluna
de direção do Palio, adotada junto do motor Fire, tenha deixado o
volante mais alto do que deveria. Ou a excelente visibilidade para
qualquer direção, mérito dos grandes vidros e das colunas estreitas como
não se vê mais.
Os mais baixos gostam de seu ajuste do banco, que o eleva ligeiramente
quando regulado mais à frente. O câmbio tem engates corretos, sem as
dificuldades que pertencem ao passado, e a marcha à ré dispensa o
anel-trava redundante que existe em algumas versões do Palio. Os
fumantes aprovam a posição alta do cinzeiro, próxima ao volante, e a
iluminação alaranjada dos instrumentos dá um banho de bom gosto e
funcionalidade na amarelada que a GM usa em boa parte de sua linha.
Alguns pormenores, porém, incomodam e deixam a sensação de que uns
poucos reais seriam bem aplicados em sua melhoria. Faltam hodômetro
parcial, a luz interna não é acionada pelas portas, os cintos não têm
ajuste de altura (importante para a segurança no caso de ocupantes de
baixa estatura), os traseiros deveriam ser retráteis (falha comum a
outros modelos de entrada) e falta uma simples borrachinha para evitar
desconforto ao usar a vareta de sustentação do capô.
Ainda, os ajustes dos encostos dianteiros são duros e o pesado mecanismo
para rebatê-los, na versão de três portas, exige o uso das duas mãos. A
renovação de ar do interior deixa bastante a desejar e o
ar-condicionado, pouco eficiente, não consegue sair pelos quatro
difusores — os das laterais só funcionam se os centrais forem fechados.
Continua |