



No interior, o mesmo conjunto já
um pouco defasado; o motor de 131 cv e a tração integral com quatro
modos permanecem, mas os pneus agora são para asfalto |
O
TR4 2007 vem de série com ar-condicionado, direção assistida, vidros,
travas e retrovisores com controle elétrico, alarme e travamento das
portas com controle remoto, volante e banco do motorista com regulagem
em altura e toca-CDs com leitura de arquivos
MP3. Além das opções de câmbio e de
revestimento interno, pode-se pedir o tanque de combustível de 86 litros
no lugar do básico de apenas 53.
Uma ressalva aos equipamentos de segurança: bolsas infláveis frontais e
freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) estão presentes somente com
câmbio automático. Na versão manual, apenas o motorista conta com a
bolsa e não há ABS, o que deveria ser revisto.
A valentia de
sempre
Avaliado em um circuito fora-de-estrada montado nas cercanias da fábrica
de Catalão, o TR4 mostrou a mesma desenvoltura e aptidão que sempre teve
para o uso longe do asfalto. Nos obstáculos propostos, direção e
suspensão — com desenvolvimento especial para o Brasil — mostraram-se
bem adequadas ao uso mais severo, filtrando bem as irregularidades do
solo. Também ajudaram a potência e torque satisfatórios do motor, os
bons ângulos de entrada e saída (38° e 41°, na ordem), o vão livre
central de 21,5 centímetros e a capacidade de transpor trechos alagados
de até 60 cm de profundidade.
O sistema de tração parece até exagerado para o porte do carro. Mesmo
com pneus "urbanos", não apresentou dificuldade em nenhuma das provas. A
alta posição de dirigir e a ampla área envidraçada favorecem a
visibilidade e são razões para sua presença cada vez mais comum nos
grandes centros urbanos. Mas no tipo de piso mais comum encontrado
neles, o asfalto, não pudemos avaliar o TR4. Segundo a Mitsubishi, o
cronograma apertado foi o maior culpado.
Para aqueles que pretendem se enveredar pelos maus caminhos, a versão
com câmbio manual é a mais indicada. Se o ambiente escolhido for a
cidade, o TR4 automático é uma boa pedida. Antes disso, porém, será
preciso assinar um cheque de R$ 73.990 pela versão manual e R$ 78.990
pela automática. É pouca coisa mais do que os R$ 72.100 que a Ford pede
pelo EcoSport 4WD. O "Pajerinho" pode não ter a sofisticada suspensão
traseira independente multibraço deste concorrente, nem ter ficado tão
mais atual com as pequenas mudanças, mas no
fora-de-estrada garante muita diversão.
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