Os logotipos Automatique, em francês, são a única identificação externa da Picasso assim equipada. O motor 2,0 16V desenvolve 138 cv, graças ao aumento de potência promovido há poucos meses

A caixa de comando eletrônico é do tipo auto-ativa, com 10 programações, e interpreta o modo de dirigir para efetuar as trocas, não importando o programa básico escolhido, normal ou esportivo. Por exemplo, evita a “caça” de marchas — como a alternância entre terceira e quarta — numa subida de serra. Além disso, o software do comando eletrônico foi adequado à topografia e às características dos motoristas do Mercosul, com ênfase em acelerações e retomadas, segundo a Citroën. O acréscimo de peso é de apenas 20 kg, tendo as molas dianteiras sido recalculadas.

Pesando 1.326 kg, ou 350 kg menos que a C8 que utiliza o mesmo motor, a Picasso mostra boa desenvoltura, como o BCWS pôde constatar rodando por ruas e avenidas da capital paulista. A aceleração de 0 a 100 km/h informada, 9,8 segundos, é coerente. A velocidade máxima é de 198 km/h, o que indica boa disposição na faixa 100-130 km/h. A Citroën brasileira não fornece dados de consumo, mas a versão européia percorre 7,9 km/l na cidade e 15,8 km/l na estrada, números que aqui devem piorar em torno de 10% devido à gasolina brasileira com álcool.

No restante, é a mesma eficiente e espaçosa minivan, cujo modelo 2004 passou por avaliação completa por ocasião do comparativo com a Peugeot 307 SW. A fábrica prevê que o novo item atraia pelo menos 40% dos compradores — mais que os 6% na Scénic e 26% na Zafira, dados da Citroën. Ao todo, a expectativa é que 3.500 Picassos automáticas sejam vendidas até o final do ano.