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Sob um novo prisma

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Seis anos depois a GM parte para o três-volumes do
Celta, com um novo nome, e faz isso muito bem

Texto: Bob Sharp - Fotos: divulgação
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Igual ao Celta até as portas traseiras, o Prisma adiciona um terceiro volume bem desenhado e elegante; as rodas de 14 pol vêm apenas na versão superior, a Maxx

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No interior, quase nada de novo em relação ao hatch, que este ano recebeu novo painel de melhor aspecto; o volante enviesado continua um inconveniente

Seis anos depois de lançar o Celta hatchback, de início com três e depois com cinco portas (2002), a General Motors enfim amplia a família com o Prisma, sua versão de três volumes e quatro portas. A demora é difícil de entender, pois o primeiro Corsa Sedan chegou em 1995, apenas um ano e meio depois do Wind três-portas, e sua segunda geração surgiu em simultâneo ao hatch em 2002. Talvez a empresa tenha entendido que, até a reestilização em abril último, o Celta ainda não estava em condições de ocupar segmento superior ao do antigo Corsa (atual Classic), espaço que o Prisma agora almeja.

O departamento de estilo da GM, comandado pelo mexicano Carlos Barba, se esmerou em produzir um sedã a partir do hatch que prima pela harmonia e beleza de linhas. O efeito é superior ao conseguido pelo então diretor americano Jack Finegan no Corsa Sedan há nove anos. Uma diferença importante em relação aos Corsas — antigo e novo — é a carroceria de quatro janelas por lado, em vez de seis, no que acompanha outros modelos da marca como Astra e novo Vectra. A mesma distinção ocorre entre o Celta e os Corsas hatch de ambas as gerações. A GM agora informa o coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,31.

O porta-malas do Prisma supera o do Classic em 12,5%, de 390 para 439 litros, sem parecer que o Celta foi esticado demais na traseira. É pouco maior que o do novo Corsa (432 l), mas perde para os concorrentes Clio (510 l), Siena (500 l) e Fiesta (487 l). A abertura é por comando interno mecânico no lado esquerdo do banco do motorista ou pela chave, mas as dobradiças são as tradicionais "pescoço de ganso", que roubam espaço, e o vão de acesso é bem mais estreito que o do Classic. O encosto do banco traseiro rebatível (inteiriço) amplia o espaço de bagagem para 829 litros.

O outro empenho, não menos surpreendente, foi da engenharia de motores. A motorização única de 1,4-litro é agora flexível (a 1,0 consta do manual do proprietário, mas a GM garante que esta versão não é para já) e o que já era bom ficou melhor. Várias medidas importantes foram tomadas, como aumentar a taxa de compressão de 9,8 para 12,4:1 e adotar acionamento de válvulas por alavanca roletada. Foram mantidas as duas válvulas por cilindro.

Com gasolina os ganhos são razoáveis: a potência de 85 cv a 5.800 rpm do Celta para 89 cv a 6.200 rpm (note-se o aumento de rotação, seguindo o que foi feito em 2003 com o motor VHC 1,0), e o torque, de 11,8 m.kgf a 3.000 rpm para 12,4 m.kgf a 3.200 rpm. Mas é com álcool que o novo 1,4, batizado de Econo.Flex, extrapola: são 97 cv e 12,9 m.kgf às mesmas rotações. Continua

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Data de publicação: 5/10/06

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