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No interior, ótimo espaço para quatro pessoas e todos os refinamentos de um bom carro de luxo

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Os dois motores -- o "seis" de 3,2 litros e 238 cv, o V8 com 4,4 litros e 315 cv -- vêm na transversal e adotam recursos modernos em favor do desempenho

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Segurança continua prioridade na Volvo, como se nota pelo controlador de velocidade ativo (no centro) e pelo alerta de veículo se aproximando (embaixo)

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As duas fases do sistema que previne colisões: um alerta sonoro e visual ao motorista (collision warning) e, se este não reagir, a atuação automática dos freios

Em aceleração o Volvo não fica tão atrás e, como o Audi, conta com tração em todas as rodas. Vai de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos (o o seis-cilindros faz em 7,9 s, atingindo 240 km/h). Ambos os motores, com bloco e cabeçote de alumínio, são acoplados a transeixos com caixa automática de seis marchas Geartronic (de procedência japonesa, Aisin AW), cujas marchas podem ser trocadas manualmente em seqüência pela alavanca. O V8 foi desenvolvido pela Yamaha e tem inusitado ângulo do "V" de 60°, quando normalmente é 90°. Para assegurar o balanceamento foi necessário adicionar uma árvore contra-rotativa entre as duas bancadas de cilindros. O menor ângulo nesse V8 prende-se à instalação transversal, bastante rara em modelos europeus.

O novo seis-em-linha, que é apenas 3,5 mm mais comprido que o de cinco (usado em outros modelos da marca), conta com a novidade de todos os órgãos auxiliares posicionados na traseira do motor, sobre o transeixo. Traz comando de válvulas variável, de funcionamento semelhante ao do VarioCam da Porsche e do VTEC da Honda: três ressaltos, dois "bravos" e um "manso", atuam no mesmo tucho tipo copo e, em condições determinadas pelo gerenciamento do motor, prevalece um tipo de ressalto mediante um sistema simples, de pistão movimentado pelo óleo sob pressão do sistema de lubrificação. Têm-se, assim, variação dos tempos de abertura e fechamento de válvulas e também de seu levantamento.

A potência máxima do V8 (315 cv) surge a 5.950 rpm, enquanto o exuberante torque de 44,8 m.kgf aparece a 3.950 rpm. Os regimes altos não fazem prever a resposta imediata ao acelerador notada ao dirigir o veículo. No seis-cilindros o coletor de admissão é variável para aumentar a elasticidade do motor, cujo torque é de 32,6 m.kgf a baixas 3.200 rpm (a potência máxima de 238 cv ocorre a 6.200 rpm). Os pesos de 1.581 kg e 1.742 kg (seis-cilindros e V8, na ordem) são condizentes com a categoria do S80 e explicam a eficiência no uso do combustível, com consumo de 6,8/14,3 km/l (cidade/estrada) para o "seis" e 5,5/12 km/l para o V8, com gasolina européia sem álcool. O tanque é de 70 litros, adequado, mas seria melhor ter continuado o de 80 litros da geração anterior.

Show de eletrônica   O sistema de segurança pessoal inclui um sensor de batimentos cardíacos que revela a presença de seres vivos no interior do veículo — seja um intruso ou um animal esquecido, por exemplo —, que é detectada a uma distância de até 100 metros pelo comando chamado Comunicador Pessoal do Carro. Basta apertar um botão no comando para saber se há alguém no veículo, se alguma porta está destrancada e se o alarme está ativado ou não. O comunicador proporciona também abertura da porta do motorista (ou das quatro) com o item dentro de um bolso e também liberação da ignição, bastando apertar o botão de partida/parada para pôr o motor em funcionamento.

Um dos grandes destaques do S80 (V8 somente) é o controlador de velocidade ativo. Se for encontrado adiante um veículo mais lento, o motor é desacelerado; se não for o bastante, os freios atuam. Se o controlador estiver ligado, porém desarmado, entra em ação um alarme de colisão sonoro e visual, para que o motorista tome a ação necessária.

Outra exclusividade da versão superior é o aviso de ponto cego nos retrovisores, surgido no XC90. Sempre que um veículo se aproximar pela esquerda ou pela direita numa velocidade relativa entre 20 e 70 km/h mais alta, uma luz se acende na coluna dianteira, próxima ao espelho do lado correspondente, para chamar a atenção do motorista. O efeito é conseguido por onda de rádio (radar) em feixe apontado para trás. O nome "ponto cego" é impróprio, pois a detecção é de tráfego nas faixas de rolamento adjacentes, que são cobertas pelos retrovisores. O sistema é útil apenas para ajudar na avaliação da velocidade do tráfego que se aproxima pelos lados do veículo, mas sem dúvida contribui para a segurança do tráfego.

A rápida direção (relação 16,4:1) tem assistência elétrica que pode ser ajustada em três níveis por meio do controle central de configurações do veículo. No mais forte a direção torna-se bastante leve, facilitando as manobras. Mas a partir de 80 km/h o nível básico volta a prevalecer, por questão de segurança. A função automática de assistência inversamente proporcional à velocidade permanece. Continua

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