O Audi minimalista

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A resposta de Ingolstadt ao Mini, o A1, chega ao Brasil atraente
na composição e divertido na maneira como pode ser dirigido

Texto: Fabrício Samahá e Roberto Agresti - Fotos: André Larangeira e divulgação

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Brinquedo de adulto: no kartódromo, o pequeno Audi mostrou aptidão para andar rápido e fácil controle mesmo com a eletrônica desativada

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Embora do tamanho de nossos carros pequenos, ele parece menor por ser baixo; rodas de 17 pol e arcos em cor contrastante são opcionais

Começou com o Mini e o Smart Fortwo, passou pelo Fiat 500 e chega ao Audi A1 a tendência dos compactos premium, uma nova geração de carros pequenos importados que busca oferecer em menor tamanho os atributos de conforto, desempenho, segurança e — claro — status de modelos maiores.

Esse anti-Mini foi lançado no ano passado na Europa e agora, seis meses depois do início de encomendas, é apresentado à imprensa especializada no momento em que começa a ser entregue aos compradores. A marca de Ingolstadt definiu para o Brasil um pacote bem-equipado ao preço sugerido de R$ 89.900, com motor turboalimentado de 1,4 litro e caixa de câmbio automatizada com sete marchas e dupla embreagem.

O conteúdo de série abrange bolsas infláveis frontais, laterais dianteiras e cortinas para a área lateral de vidros; controle de estabilidade e tração, faróis com lâmpadas de xenônio em ambos os fachos, assistente para saída em aclives, rádio/toca-CDs com MP3 e interface Bluetooth para telefone celular, ar-condicionado de ajuste manual, computador de bordo e rodas de 16 pol com pneus 215/45. Os bancos vêm revestidos em tecido e não há opção de couro, o que a maioria exige nesse segmento.

Há opcionais como o pacote Conforto (controle automático de faróis, limpador de para-brisa e ar-condicionado; sensores de estacionamento traseiros, retrovisor interno fotocrômico, bancos dianteiros com ajuste em altura, controlador de velocidade e acesso ao interior e partida do motor por botão sem uso de chave), teto solar panorâmico, sistema de áudio Bose, iluminação interna por leds, rodas de 17 pol e arcos laterais (que ligam as colunas dianteiras às traseiras) em cor que contrasta com a da carroceria.

Existem ainda os pacotes externo e interno Competition, um com defletor no para-choque dianteiro, saias laterais, difusor de ar no para-choque traseiro, defletor de teto e saídas de escapamento esportivas; outro com acabamento específico para console central, difusores de ar, retrovisor interno, puxadores das portas e tapetes em sete opções de cores. Pena que haja 11 cores para a carroceria, mas só uma viva, um vermelho.

O mais compacto Audi dos tempos modernos mede 3,95 metros de comprimento e 2,47 m de distância entre eixos, sendo 28 e 9 centímetros menor (na ordem) que o A3 de três portas hoje à venda. Não é, portanto, tão "míni" quanto o concorrente da BMW, que tem apenas 3,70 m, mas com entre-eixos equivalente.

Seu estilo é típico da Audi na frente, com a ampla grade negra em forma de trapézio e faróis elipsoidais que parecem olhos ameaçadores (para o que concorre a faixa de leds para sinalização diurna), e nas laterais, com a proporção entre chapa e vidro que transmite robustez. Já a traseira distingue-se mais dos automóveis da marca e adota uma solução interessante já vista no utilitário esporte Q7: a grande tampa leva consigo as lanternas. Para sinalizar o carro nessa condição, há luzes auxiliares em pontos encobertos com a tampa fechada.

Elementos habituais da marca estão também no interior, como o volante de aro grosso com três raios e perfeito apoio para os polegares, a disposição e a grafia dos instrumentos, a alavanca da caixa automatizada e os comandos no volante para trocas manuais de marcha. No topo do painel vem a tela retrátil de LCD para ajustes de áudio e de funções do carro. Apesar do cuidado com os encaixes, o acabamento está longe do refinamento esperado de um Audi: os plásticos são algo rígidos, e o tecido dos bancos, um pouco áspero.

A posição de dirigir é exata, sem qualquer inconveniente de carros pequenos como pedais desalinhados ou falta de espaço para o pé esquerdo. O motorista sente-se genuinamente "vestindo" o carro, com a linha de cintura alta, pouco vidro nas laterais, pouco carro para frente, pouco carro para trás. Há bons detalhes como iluminação interna com leds brancos em vez de lâmpadas, retrovisor esquerdo biconvexo, ajuste de apoio lombar para o motorista e rádio/toca-CDs com duas entradas para cartões de memória. Deveria ser revista a faixa cinza no topo do para-brisa, insuficiente para o sol dos trópicos. Continua

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Data de publicação: 10/5/11

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