Começou com o Mini e o
Smart Fortwo, passou pelo
Fiat 500 e chega ao Audi A1 a
tendência dos compactos premium, uma nova geração de carros pequenos
importados que busca oferecer em menor tamanho os atributos de conforto,
desempenho, segurança e — claro — status de modelos maiores.
Esse anti-Mini foi lançado no ano passado na Europa e agora, seis meses
depois do início de encomendas, é apresentado à imprensa especializada
no momento em que começa a ser entregue aos compradores. A marca de
Ingolstadt definiu para o Brasil um pacote bem-equipado ao preço
sugerido de R$ 89.900, com motor
turboalimentado de 1,4 litro e caixa de câmbio
automatizada com sete marchas e
dupla embreagem.
O conteúdo de série abrange bolsas infláveis frontais, laterais
dianteiras e cortinas para a área lateral de vidros;
controle de estabilidade e tração, faróis
com lâmpadas de xenônio em ambos os
fachos, assistente para saída em aclives, rádio/toca-CDs com MP3 e
interface Bluetooth para telefone
celular, ar-condicionado de ajuste manual, computador de bordo e rodas
de 16 pol com pneus 215/45. Os bancos vêm revestidos em tecido e não há
opção de couro, o que a maioria exige nesse segmento.
Há opcionais como o pacote Conforto (controle automático de faróis,
limpador de para-brisa e ar-condicionado;
sensores de estacionamento traseiros, retrovisor interno
fotocrômico, bancos dianteiros com
ajuste em altura, controlador de velocidade
e acesso ao interior e partida do motor por botão sem uso de chave),
teto solar panorâmico, sistema de áudio Bose, iluminação interna por
leds, rodas de 17 pol e arcos laterais
(que ligam as colunas dianteiras às traseiras) em cor que contrasta com
a da carroceria.
Existem ainda os pacotes externo e interno Competition, um com defletor
no para-choque dianteiro, saias laterais, difusor de ar no para-choque
traseiro, defletor de teto e saídas de escapamento esportivas; outro com
acabamento específico para console central, difusores de ar, retrovisor
interno, puxadores das portas e tapetes em sete opções de cores. Pena
que haja 11 cores para a carroceria, mas só uma viva, um vermelho.
O mais compacto Audi dos tempos modernos mede 3,95 metros de comprimento
e 2,47 m de distância entre eixos, sendo 28 e 9 centímetros menor (na
ordem) que o A3 de três portas hoje à venda. Não é, portanto, tão "míni"
quanto o concorrente da BMW, que tem apenas 3,70 m, mas com entre-eixos
equivalente.
Seu estilo é típico da Audi na frente, com a ampla grade negra em forma
de trapézio e faróis elipsoidais que
parecem olhos ameaçadores (para o que concorre a faixa de leds para
sinalização diurna), e nas laterais, com a proporção entre chapa e vidro
que transmite robustez. Já a traseira distingue-se mais dos automóveis
da marca e adota uma solução interessante já vista no utilitário esporte
Q7: a grande tampa leva consigo as lanternas. Para sinalizar o carro
nessa condição, há luzes auxiliares em pontos encobertos com a tampa
fechada.
Elementos habituais da marca estão também no interior, como o volante de
aro grosso com três raios e perfeito apoio para os polegares, a
disposição e a grafia dos instrumentos, a alavanca da caixa automatizada
e os comandos no volante para trocas manuais de marcha. No topo do
painel vem a tela retrátil de LCD para ajustes de áudio e de funções do
carro. Apesar do cuidado com os encaixes, o acabamento está longe do
refinamento esperado de um Audi: os plásticos são algo rígidos, e o
tecido dos bancos, um pouco áspero.
A posição de dirigir é exata, sem qualquer inconveniente de carros
pequenos como pedais desalinhados ou falta de espaço para o pé esquerdo.
O motorista sente-se genuinamente "vestindo" o carro, com a linha de
cintura alta, pouco vidro nas laterais, pouco carro para frente, pouco
carro para trás. Há bons detalhes como iluminação interna com leds
brancos em vez de lâmpadas, retrovisor esquerdo
biconvexo, ajuste de apoio lombar para o
motorista e rádio/toca-CDs com duas entradas para cartões de memória.
Deveria ser revista a faixa cinza no topo do para-brisa, insuficiente
para o sol dos trópicos.
Continua |