No interior sem inovações
visuais, a tela elevada de 6,5 pol é de série; os instrumentos mantêm o
vacuômetro e informam temperatura de óleo
No 335i a tela maior (8,8 pol)
inclui navegação e manual de instruções; o comando do IDrive fica no
console, bem como o seletor de programas
Bancos mais envolventes e e
acabamento com vermelho equipam o 328i Sport; maior, o porta-malas
perdeu as articulações pantográficas |
Apesar do acabamento de
qualidade e do revestimento em couro, vai se decepcionar quem espera tocar
plásticos macios no Série 3: são rígidos e de aspecto simples para um carro de
sua estirpe, em uma redução de custos talvez excessiva. Em
contrapartida, os bancos revelam perfeição no projeto, tanto em desenho quanto
em densidade de espuma, a ponto de não se sentir falta de ajuste de apoio
lombar. As regulagens são elétricas e há duas memórias para o do motorista.
Condutor que encontra ainda uma posição de dirigir muito bem estudada — ficou no
passado o desconforto dos pedais muito para a esquerda —, um ótimo volante e o
habitual retrovisor esquerdo biconvexo (na direita agora é apenas convexo). Os
comandos em geral permanecem nas posições habituais, mas passa a ser de série o
sistema IDrive, pelo qual a ampla tela no topo da seção central do painel exibe
funções como sistema de áudio, navegador (apenas 335i), configurações do carro e
o manual de
instruções, comandados por um botão circular e por teclas no console central.
Também ali estão o seletor de programa de uso (mais sobre ele adiante) e a
alavanca de câmbio no atual padrão BMW, que volta à posição original após ser
usada e usa um botão para acionar a posição "P" de estacionamento. Mudanças
manuais de marcha podem ser feitas apenas pela alavanca no 328i (também
junto ao volante no 335i), subindo para trás e reduzindo para frente, escolha na
qual a marca alemã inovou anos atrás e tem sido seguida por outras. Poderia ter
sido abandonada a tradicional alavanca do freio de estacionamento.
Espaço no banco traseiro não costuma ser destaque em carros como o Série 3, com
sua configuração mecânica desfavorável nesse aspecto — motor longitudinal e
tração traseira —, mas a nova geração acomoda bem dois adultos ali, com espaço
muito bom para pernas e adequado para cabeças. O passageiro central é que não
encontra conforto: assento e encosto duros e alto túnel central de
transmissão.
A capacidade do porta-malas aumentou um pouco, de 460 para 480 litros, e o banco
traseiro agora pode ser rebatido em três partes (40:20:40). Embora tenha perdido
as articulações pantográficas — a redução de custos outra vez... —, a tampa não
amassa a bagagem ao ser fechada, pois os braços entram em espaços reservados. O compartimento aloja a bateria, mas não um
estepe, que os pneus especiais dispensam. No 335i a abertura do
porta-malas dispensa o uso das mãos: basta mover o pé sob o para-choque
traseiro, trazendo consigo a chave presencial.
Sai o seis, entra o quatro
Quando apareceu no mercado,
ainda na geração E36, a designação 328i indicava um Série 3 com motor de seis
cilindros em linha. Agora, não mais: por força dos limites de emissões gás
carbônico que estão levando várias marcas (sobretudo na Europa) a usar motores
de menor cilindrada, mas com superalimentação, essa versão ganha um
quatro-cilindros de 2,0 litros com turbocompressor de duplo fluxo, chamado pela
empresa de Twin Power Turbo.
A nova unidade soma recursos como injeção direta de gasolina e quatro válvulas
por cilindro com variação contínua de seu tempo de abertura e
também de seu levantamento
(sistema Valvetronic), o que permite abolir a borboleta de aceleração e aumentar
a eficiência em cargas (aberturas de acelerador) parciais. Não só a potência é
mais alta que no antigo 2,5-litros de aspiração natural do 325i
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passou de 218
para 245 cv
—, como o torque máximo cresceu
muito e aparece a um regime baixíssimo: 35,7 m.kgf de 1.250 a 4.800 rpm, ante
25,5 m.kgf a 2.750 rpm do antigo. Árvores de balanceamento garantem o
funcionamento suave.
No 335i o motor de 3,0 litros com os mesmos recursos técnicos, que passou por
pequenas revisões, obtém 306 cv e 40,8 m.kgf de 1.200 a 5.000 rpm. Nas duas
versões a caixa automática passou a ter oito marchas, duas a mais que antes, com
o principal objetivo de reduzir o intervalo entre as relações — a BMW anuncia
que a sétima pode chegar ao limite de rotações e a oitava ainda leva o motor a
5.700 rpm, ou seja, não são meras sobremarchas para economia. Como padrão na
marca, a tração é traseira.
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