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Fotos: Fabrício Samahá
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As rodas são de 17 pol no 328i básico (esquerda) e de 18 pol no Sport (centro), no Luxury (direita) e no Plus; o 335i vem com a medida de 19 pol

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No interior sem inovações visuais, a tela elevada de 6,5 pol é de série; os instrumentos mantêm o vacuômetro e informam temperatura de óleo

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No 335i a tela maior (8,8 pol) inclui navegação e manual de instruções; o comando do IDrive fica no console, bem como o seletor de programas

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Bancos mais envolventes e e acabamento com vermelho equipam o 328i Sport; maior, o porta-malas perdeu as articulações pantográficas

Apesar do acabamento de qualidade e do revestimento em couro, vai se decepcionar quem espera tocar plásticos macios no Série 3: são rígidos e de aspecto simples para um carro de sua estirpe, em uma redução de custos talvez excessiva. Em contrapartida, os bancos revelam perfeição no projeto, tanto em desenho quanto em densidade de espuma, a ponto de não se sentir falta de ajuste de apoio lombar. As regulagens são elétricas e há duas memórias para o do motorista.

Condutor que encontra ainda uma posição de dirigir muito bem estudada — ficou no passado o desconforto dos pedais muito para a esquerda —, um ótimo volante e o habitual retrovisor esquerdo biconvexo (na direita agora é apenas convexo). Os comandos em geral permanecem nas posições habituais, mas passa a ser de série o sistema IDrive, pelo qual a ampla tela no topo da seção central do painel exibe funções como sistema de áudio, navegador (apenas 335i), configurações do carro e o manual de instruções, comandados por um botão circular e por teclas no console central.

Também ali estão o seletor de programa de uso (mais sobre ele adiante) e a alavanca de câmbio no atual padrão BMW, que volta à posição original após ser usada e usa um botão para acionar a posição "P" de estacionamento. Mudanças manuais de marcha podem ser feitas apenas pela alavanca no 328i (também junto ao volante no 335i), subindo para trás e reduzindo para frente, escolha na qual a marca alemã inovou anos atrás e tem sido seguida por outras. Poderia ter sido abandonada a tradicional alavanca do freio de estacionamento.

Espaço no banco traseiro não costuma ser destaque em carros como o Série 3, com sua configuração mecânica desfavorável nesse aspecto — motor longitudinal e tração traseira —, mas a nova geração acomoda bem dois adultos ali, com espaço muito bom para pernas e adequado para cabeças. O passageiro central é que não encontra conforto: assento e encosto duros e alto túnel central de transmissão.

A capacidade do porta-malas aumentou um pouco, de 460 para 480 litros, e o banco traseiro agora pode ser rebatido em três partes (40:20:40). Embora tenha perdido as articulações pantográficas — a redução de custos outra vez... —, a tampa não amassa a bagagem ao ser fechada, pois os braços entram em espaços reservados. O compartimento aloja a bateria, mas não um estepe, que os pneus especiais dispensam. No 335i a abertura do porta-malas dispensa o uso das mãos: basta mover o pé sob o para-choque traseiro, trazendo consigo a chave presencial.

Sai o seis, entra o quatro   Quando apareceu no mercado, ainda na geração E36, a designação 328i indicava um Série 3 com motor de seis cilindros em linha. Agora, não mais: por força dos limites de emissões gás carbônico que estão levando várias marcas (sobretudo na Europa) a usar motores de menor cilindrada, mas com superalimentação, essa versão ganha um quatro-cilindros de 2,0 litros com turbocompressor de duplo fluxo, chamado pela empresa de Twin Power Turbo.

A nova unidade soma recursos como injeção direta de gasolina e quatro válvulas por cilindro com variação contínua de seu tempo de abertura e também de seu levantamento (sistema Valvetronic), o que permite abolir a borboleta de aceleração e aumentar a eficiência em cargas (aberturas de acelerador) parciais. Não só a potência é mais alta que no antigo 2,5-litros de aspiração natural do 325i
passou de 218 para 245 cv , como o torque máximo cresceu muito e aparece a um regime baixíssimo: 35,7 m.kgf de 1.250 a 4.800 rpm, ante 25,5 m.kgf a 2.750 rpm do antigo. Árvores de balanceamento garantem o funcionamento suave.

No 335i o motor de 3,0 litros com os mesmos recursos técnicos, que passou por pequenas revisões, obtém 306 cv e 40,8 m.kgf de 1.200 a 5.000 rpm. Nas duas versões a caixa automática passou a ter oito marchas, duas a mais que antes, com o principal objetivo de reduzir o intervalo entre as relações — a BMW anuncia que a sétima pode chegar ao limite de rotações e a oitava ainda leva o motor a 5.700 rpm, ou seja, não são meras sobremarchas para economia. Como padrão na marca, a tração é traseira.

Seis vezes três
A geração F30, a sexta desde o lançamento do Série 3, é o último passo da evolução da linha mais vendida da BMW em toda sua história, com mais de 12 milhões de unidades produzidas. No evento de lançamento, representantes em perfeito estado das seis versões foram colocados lado a lado, como mostram as fotos.
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Primeira geração (E21): lançada em 1975, tinha apenas duas portas e motores de quatro cilindros, com a adição do seis-em-linha nos 320, 320i e 323i em 1977. O mais potente tinha 143 cv, que traziam alto desempenho para um carro médio na época. Foram fabricadas 1,36 milhão de unidades. Segunda geração (E30): a linha de 1982 crescia com as versões de duas e quatro portas, perua Touring e conversível de fábrica, além de motor a diesel. O esportivo M3 aparecia em 1985 com motor de 2,3 litros e 192 cv. No total, a geração colocou nas ruas 2,34 milhões de exemplares. Terceira geração (E36): apresentada em 1990, tinha formas muito atraentes que contribuíram para seu êxito também no Brasil. Trazia versão cupê com desenho diferenciado, o hatchback Compact e suspensão traseira multibraço, além dos M3 conversível e de quatro portas. Foram vendidos 2,74 milhões.
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Quarta geração (E46): vinha em 1998 com linhas atualizadas, motores de seis cilindros com Duplo Vanos (variação contínua do tempo de abertura das válvulas) e de quatro cilindros com Valvetronic. Também contou com o Compact, mas não no Brasil. A produção bateu novo recorde: 3,26 milhões. Quinta geração (E90): estreava em 2005 com motores mais eficientes a gasolina (incluindo turbo) e a diesel, como o 3,0-litros de 306 cv do 335i, ao lado de avanços em conveniência e segurança. No M3 o seis cilindros-dava lugar a um V8. Até o fim do ano passado, 2,62 milhões deles ganharam as ruas. Sexta geração (F30): com mudanças de estilo menos radicais, prioriza a eficiência com o motor turbo de 2,0 litros do 328i, câmbio automático de oito marchas e versão híbrida. Na Europa já vem como sedã e perua; outras versões, como cupê, conversível e o esportivo M3, ainda serão apresentadas.
Fotos: Fabrício Samahá_

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