Rodas de 18 pol, câmbio de seis marchas (abaixo dele, os controles de suspensão) e porta-malas para 470 litros

O desempenho deveria ser melhor, mas em conforto de rodagem e estabilidade o C6 supera as expectativas

O resultado surpreende os que não conhecem o sistema, pois o rodar é muito macio, dando a impressão de que o carro não reagirá bem em uma manobra rápida. Mas a suspensão se ajusta de imediato à nova situação e, quando o C6 é dirigido como um carro esporte, torna-se firme e controlada, com muito pouca rolagem de carroceria. Com o peso concentrado à frente, a tendência é de subesterço, mas não excessiva. Os freios são excelentes e os pneus Michelin Pilot Primacy, em medida 245/45-18, parecem não ter limite de aderência nas curvas (o estepe é 215/55-17 em roda de aço). O carro é tão equilibrado que o controle de estabilidade só atua quando provocado.

Como no C5 V6, um botão no console habilita o modo esporte da suspensão, que a deixa mais dura sem trazer desconforto. Outro comando ajusta a altura de rodagem entre quatro posições: normal, mais baixa (apenas para manutenção do sistema), mais alta (limitada a 40 km/h) e ainda mais elevada (até 10 km/h). A carroceria também se abaixa em 12 mm de modo automático ao atingir 110 km/h, para ganho em aerodinâmica e estabilidade. E a calibração da direção é das melhores já vistas, leve ao extremo em baixa velocidade e muito precisa em alta.

Embora faltem ao menos 50 cv para que ele possa enfrentar os melhores de sua categoria, o Citroën C6 deixa ótimas impressões. Tem desenho inspirado e com ar futurista, fartos itens de conforto em um interior muito espaçoso, uma suspensão que é referência e dotação de segurança das melhores. Um grande carro — em todos os sentidos — ao preço de um sedã médio das marcas de prestígio.

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