A evolução de uma boa ideia

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Remodelação bem-feita e pacote esportivo acompanham chegada
dos motores E-Torq à Fiat Idea, que só deixou de lado o interior

Texto: Fabrício Samahá e Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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Mesmo com certo exagero nas molduras plásticas -- bem recebido por seu público --, a versão Adventure obteve bom resultado com a reforma

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Faróis escuros, rodas de 16 pol e anexos aerodinâmicos compõem o atraente visual da Sporting, que tem motor 1,75 e suspensão inalterada

Cinco anos depois de sua estreia no Brasil — uma eternidade em se tratando da Fiat, sempre apressada para mudanças visuais —, a minivan Idea ganha uma ampla reestilização na linha 2011. O trabalho desenvolvido aqui mesmo, em seu Centro de Estilo, deixa-a mais atraente que a própria versão italiana (que conserva as linhas de 2003, quando foi lançada por lá) e aproveita para substituir o motor de 1,8 litro fornecido pela General Motors por duas unidades E-Torq, produzidas pela subsidiária FPT em Campo Largo, PR. Há também um novo acabamento com estilo jovial, o Sporting, e a opção de caixa manual automatizada Dualogic para mais versões.

Agora são quatro acabamentos e três motores. A ELX dá lugar à Attractive, com o mesmo motor Fire de 1,4 litro e oito válvulas, ao preço sugerido de R$ 43.590 (aumento de R$ 740). No lugar da HLX 1,8 vem agora a Essence, com o motor E-Torq de 1,6 litro e 16 válvulas, a R$ 45.610 ou, com câmbio automatizado, R$ 47.720. A Sporting traz o motor E-Torq de 1,75 litro e 16 válvulas e tem preço de R$ 54.280 ou, com Dualogic, R$ 56.390. A Adventure, também com o motor 1,75, vem por R$ 56.900 com caixa manual e R$ 59.010 com automatizada. Embora ela mantenha o preço do modelo 2010, o bloqueio de diferencial Locker — que custa R$ 1.400 para o Strada de cabine dupla — passou de item de série para opcional. Confira os equipamentos de cada versão.

Se a Idea nasceu em um período de linhas retas no desenho da Fiat — vide o Stilo —, Betim fez um bom trabalho na remodelação, que não conflita com a seção central inalterada. Grade e faróis (com refletores elipsoidais para o facho baixo, como na linha Palio) mostram certa identificação com os do Punto, enquanto o para-choque tem aspecto mais esportivo e o capô ganhou vincos invertidos: agora fazem as seções laterais parecerem mais altas e não o contrário. O ganho estético na frente foi dos maiores. A Adventure recebeu grade cromada com o nome da versão e mantém os faróis auxiliares uns sobre os outros, além do aplique inferior que simula uma proteção de alumínio.

As laterais mudaram pouco: as maçanetas são do tipo alça, os retrovisores ficaram 40% maiores e com capa arredondada e toda a linha traz ali os repetidores laterais das luzes de direção, antes exclusivos da Adventure. Esta última teve refeitas as molduras plásticas, que assumem linhas retas, como no restante da linha "aventureira" da Fiat, e mostram um pouco da carroceria na base das portas. Preferíamos as molduras antigas, arredondadas.

Na traseira o destaque vai para as lanternas com novo formato e uso de leds, pela primeira vez num carro nacional. Além do para-choque, que acompanha o dianteiro e passa a alojar a placa de licença, a tampa é toda nova, com defletor no topo, vidro um pouco mais envolvente e o aspecto "limpo" trazido pela ausência da placa. Interessante como a Fiat conseguiu alterar tanto a aparência sem precisar mexer no estampo das laterais do carro, o que traria custo adicional. Não há mais fechadura na tampa, pois o comando é elétrico por botão no painel e na chave. A Adventure continua com visual próprio na região e suporte para estepe externo, sempre trabalhoso para o acesso ao compartimento de bagagem.

Apesar do refresco bem executado na parte externa, ao entrar na Idea se notam os mesmos conhecidos problemas, alguns de difícil solução para o fabricante: o desalinhamento entre volante, banco e pedais, as colunas dianteiras largas e duplicadas que comprometem a visibilidade, os difusores de ar muito baixos e prejudiciais à refrigeração da cabine. Para contornar essa última questão, a Fiat adotou um ventilador com vazão 38% maior para o ar-condicionado.

O painel algo antiquado e similar ao do Palio, que destoa da atualidade da carroceria, ganhou apenas nova grafia dos instrumentos, com aspecto bem menos saturado que o anterior no caso da Adventure e iluminação em branco. Mudam também o volante, com excelente pega, e os bancos dianteiros, que têm apoios laterais mais pronunciados, curso de ajuste em altura 20 mm maior e revestimento em tecido com relevos. De resto, a mesma minivan de sempre, com bom espaço para quatro adultos e uma criança (a largura é insuficiente para três adultos atrás), acabamento coerente com a categoria e espaço adequado para bagagem, 380 litros. Continua

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Lado a lado, as versões Essence, Sporting e Adventure (a partir da esquerda) deixam à vista os diversos tratamentos visuais, sobretudo na última

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Data de publicação: 31/7/10

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