O desenho é harmonioso e tem
o "ar de família" da Land Rover; o HSE traz rodas de 18 pol e faróis de
xenônio
Com o mesmo motor de 3,2
litros do Volvo S80, o novo Freelander anda muito bem e seu
comportamento em curvas está mais para automóvel que para utilitário |
Em
vez de dizer quem é comprador do Land Rover Freelander, como tanto se
escuta nas apresentações coletivas de novos produtos — tipo "casais
jovens que freqüentam shopping centers e gostam de aventuras nos fins de
semana" —, saiba logo o leitor que o modelo é o chamado utilitário
esporte fora-de-estrada compacto, de tração nas quatro rodas quando
necessário (sob demanda) e cujo acionamento predominante é pelas rodas
dianteiras. O sistema de acoplamento do eixo traseiro, com controle
eletrônico, é o Haldex sueco, usado nos modelos com motor transversal do
grupo Volkswagen.
A proposta vale, desde que não se queira embrenhar por trilhas de morro
acima ou abaixo, nem enfrentar condições críticas de terreno. Por
exemplo, não há no Freelander — e nem em seus concorrentes
Honda CR-V,
Toyota RAV4, Hyundai Tucson e Nissan X-Trail — o recurso da caixa de
transferência com reduzida. Sem ela, quando as rampas ultrapassam
determinada inclinação, continuar a marcha torna-se muito difícil ou
impossível.
Mas aquele que desejar andar por aí "vestindo" uma marca de prestígio
(embora só exista há 60 anos, criada após a Segunda Guerra Mundial),
contar com ótimo desempenho e ainda poder dar uma escapada a terrenos
menos hospitaleiros (sem exagerar), tem na nova geração do Freelander,
que recebeu o sufixo "2", tudo o que precisa. O veículo é produzido na
Inglaterra, em Halewood, e foi apresentado à imprensa especializada
brasileira na semana passada, tendo como palco Porto de Galinhas, em
Pernambuco.
São três versões, a S de R$ 132 mil, a SE por R$ 145 mil e a topo de
linha HSE, que custa R$ 169 mil. O modelo anterior só vinha como HSE e
também custava R$ 132 mil. São comuns a todos: ar-condicionado de duas
zonas, controlador de velocidade,
retrovisor interno fotocrômico, botão de
partida, faróis e limpador de pára-brisa automáticos, faróis de neblina,
controle de estabilidade e rolagem, sete
bolsas infláveis (uma para joelhos do motorista) e duas cortinas, freios
com sistema antitravamento (ABS) e
distribuição eletrônica de pressão,
auxílio de frenagem em emergência, controle de tração, auxílio de
frenagem em curvas, controle para descidas e sistema de gerenciamento da
tração integral em quatro níveis, que tem o nome comercial Terrain
Response (leia boxe).
A versão SE traz ainda sistema Bluetooth
para telefone celular, bancos de couro com ajuste elétrico e memorização
para o do motorista (incluindo bancos e espelhos),
assistentes de estacionamento dianteiro
e traseiro e retrovisores com rebatimento. Na HSE há ainda mais:
mostrador multifuncional de cristal líquido colorido com toque na tela
(sem navegação para o Brasil, pois é proibido pelo Contran), teto solar
panorâmico em duas partes (a dianteira desliza e inclina e ambas têm
cortina para barrar os raios solares), faróis altos e baixos de
xenônio com facho
autodirecional, aquecimento dos bancos
dianteiros e ajuste dos retrovisores para dar ré.
Continua |