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O SRT-8 não transmite confiança de imediato, mas seus limites em curva são altos; os freios têm pinças Brembo

Desconforto à parte, o grande, alto e pesado Jeep transmite uma sensação curiosa ao tomar curvas de modo vigoroso. A impressão inicial, de que não haverá segurança em explorar sua potência, dá lugar à confiança na medida em que o motorista se habitua a seu comportamento. Testes de publicações estrangeiras apontam índices de aceleração lateral (que mede a capacidade de fazer curvas) dos melhores na classe, embora com pneus traseiros mais largos que os adotados aqui. Mas é bom não esquecer que o eixo traseiro pode complicar a situação em piso irregular.

Em contrapartida, a direção é correta, com caixa de pinhão e cremalheira (não a ultrapassada de setor e sem-fim ainda usada em alguns utilitários) e relação adequada, variável entre 15,8:1 na faixa central e 13,9:1 nos batentes. Há controles eletrônicos de tração e estabilidade, que podem ser parcialmente inibidos por botão no painel (permanecem em espera para eventual necessidade). E os freios — cujas pinças Brembo ficam bem visíveis dentro das belas rodas — impressionam pelo poder de desaceleração.

O lado esquerdo de seu cérebro diria, racional: afinal, para que serve um Grand Cherokee SRT-8? É inadequado para o fora-de-estrada, não tem o conforto de marcha esperado de um carro familiar, a facilidade de uso de um veículo urbano ou o comportamento saudável de um carro esporte, além de consumir muito combustível para estes tempos de consciência ambiental.

Mas isso pouco importa para o lado direito, o emocional. Para ele, o prazer da poderosa aceleração — e, convenhamos, ao custo de alguns utilitários esporte com metade de sua potência — é toda a razão de sua existência.

Ficha técnica

MOTOR - longitudinal, 8 cilindros em V a 90°; bloco de ferro fundido, cabeçote de alumínio; comando no bloco, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 103 x 90,9 mm. Cilindrada: 6.059 cm3. Taxa de compressão: 10,3:1. Potência máxima: 425 cv a 6.200 rpm. Torque máximo: 58 m.kgf a 4.800 rpm. Potência específica: 71,3 cv/l. Injeção multiponto seqüencial.

CÂMBIO - automático, 5 marchas; tração integral. Relações: 1ª) 3,59; 2ª) 2,19; 3ª) 1,41; 4ª) 1,00; 5ª) 0,83; diferencial, 3,73. Velocidade por 1.000 rpm (em km/h): 1ª) 10; 2ª) 16; 3ª) 25; 4ª) 36; 5ª) 43.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, 360 mm ø; traseiros a disco ventilado, 350 mm ø; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica; diâmetro de giro, 11,3 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, braços sobrepostos, molas helicoidais, estabilizador; traseira, eixo rígido, molas helicoidais, estabilizador.
RODAS - 8 x 20 pol; pneus, 245/45 R 20 W.
DIMENSÕES - comprimento, 4,953 m; largura, 1,861 m; altura, 1,694 m; entreeixos, 2,781 m; bitola dianteira, 1,608 m; bitola traseira, 1,577 m; coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,39; capacidade do tanque, 77,6 l; compartimento de bagagem, 1.140 l (até o teto); peso, 2.186 kg; relação peso-potência, 5,1 kg/cv.
GARANTIA - 2 anos sem limite de quilometragem; informações de fábrica, 0800 7037150.
CARRO AVALIADO - Ano-modelo, 2006; pneus, Pirelli Scorpion Zero; quilometragem inicial, 5.000 km.
Comentário técnico
> Derivada do Hemi de 5,7 litros, a versão de 6,1 litros usada na série SRT-8 diferencia-se pelo diâmetro dos cilindros 3,5 mm maior (o curso de pistões é mantido), taxa de compressão mais alta (passa de 9,6:1 para 10,3:1), comando de válvulas mais "bravo" e redesenho dos cabeçotes (incluindo válvulas maiores), sistemas de admissão e de escapamento (com tubos de 70 mm em vez de 63 mm) para obter menor restrição ao fluxo. As válvulas de escapamento são preenchidas por sódio, o que facilita a dissipação de calor, e a rotação máxima do motor cresce em 20%, para 6.400 rpm. Para preservar sua durabilidade, o V8 ganha virabrequim forjado, bloco reforçado, jato de óleo nos pistões e cárter redesenhado.
> Esta versão tem sistema específico de tração integral, já que não haveria sentido em manter a redução do Grand Cherokee normal, que prevê o uso eventual no fora-de-estrada. O objetivo aqui era o de obter máxima aderência em acelerações e melhorar o comportamento em curvas, além de reduzir o peso da caixa de transferência — o que foi conseguido em 27 kg. A caixa adotada transmite apenas de 5% a 10% do torque às rodas dianteiras em condições normais de aderência, a fim de garantir o comportamento de uma tração traseira, mas a repartição se altera, e pode até mesmo se inverter, se for detectada perda de tração atrás.
> A suspensão do SRT-8 é toda revista, com novos parâmetros em molas, amortecedores, buchas e estabilizadores. A dianteira adota novo ângulo de câmber, para maior aderência dos pneus em curvas, e a altura de rodagem diminui em 25 mm em relação às demais versões. O controle de estabilidade também tem calibração específica, de modo a intervir mais tarde durante o uso vigoroso, e os grandes freios a disco ventilado usam pinças da italiana Brembo nas quatro rodas.

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