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O Golf Sportline substitui a
série especial Flash, ao combinar detalhes esportivos ao motor 1,6-litro
flexível
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Dentro do GTI, um ambiente
conhecido, a não ser pelo volante igual ao do alemão e o quadro de
instrumentos
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Aos quase nove anos
com a mesma carroceria, o Golf perdeu em atualidade, mas
continua um bom conjunto |
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Golf GTI automático |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
5 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 81 x 86,4 mm.
Cilindrada: 1.781 cm3. Taxa de compressão: 9,5:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 193 cv a 5.500 rpm. Torque máximo:
25,5
m.kgf a 1.950 rpm. |
CÂMBIO
- automático, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção. |
RODAS
- 17 pol; pneus, 225/45 R 17. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,204 m; largura, 1,735 m; altura, 1,458 m;
entreeixos, 2,515 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas, 330
l; peso, 1.355 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 209 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 8,0 s. |
CONSUMO
- em cidade, 7,5 km/l; em estrada, 14,7 km/l. |
Dados do fabricante |
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O
básico pode receber bolsas infláveis frontais, sistema antitravamento
(ABS), ar-condicionado automático, rodas de alumínio, faróis e luz
traseira de neblina e rádio/toca-CDs com MP3.
O Sportline adiciona rodas de 16 pol com pneus 205/55, defletor traseiro
e bancos de couro, entre outros itens. Como opcionais traz teto solar
com comando elétrico, retrovisor interno
fotocrômico, limpador de pára-brisa automático, bolsas infláveis,
ABS e o CD/MP3. Os mesmos itens, mais
controlador de velocidade, couro e rodas 16, podem ser adicionados
ao Comfortline.
O GTI, enfim, sai completo: de tudo o que foi citado, só teto solar e
couro são cobrados à parte, ao lado de rodas de 17 pol (com pinças de
freio em vermelho), câmbio automático e cortinas infláveis. Vem de série
com controles de estabilidade e tração,
bloqueio eletrônico do diferencial e bolsas infláveis laterais de tórax.
Qualquer versão pode receber ainda acessórios nas concessionárias, como
CD/MP3, toca-DVDs de teto ou de painel, navegador Magneti Marelli e kit
viva-voz Bluetooth. O esportivo foi além
nas mudanças, mas não muito. Por fora tem faróis e lanternas com
máscaras pretas, em vez de prateadas e vermelhas, nesta ordem. As rodas
de 17 pol usam pneus 225/45 — os mais largos já usados em um carro
nacional de série — e os instrumentos têm fundo
eletroluminescente e iluminação em
branco.
Enquanto os motores 1,6 flexível e
2,0-litros a gasolina estão inalterados, o 1,8 turbo do GTI ganhou
potência, 193 cv contra 180 cv. A VW tentou superar o novo
Honda Civic Si, de 192 cv, mas não
conseguiu. A nova potência do GTI só é obtida com gasolina premium (98
octanas RON), enquanto no concorrente é
com comum (95 octanas). Com a premium o Civic ganha 3 cv, atingindo 195
cv. O GTI, porém, ganha no torque máximo, que atinge 25,5 m.kgf a 1.950
rpm (antes 24 m.kgf à mesma rotação), situação em que o motorista já
conta com 70 cv, superando o rival por larga margem (19,2 m.kgf). A
turboalimentação mais do que compensa os 200 cm³ de cilindrada a menos.
O ganho de potência no Golf veio do aumento da pressão do turbo, de 0,7
para 0,8 bar, e novo mapeamento de ignição. Com gasolina comum a pressão
volta para 0,7 bar, perdendo-se em torno de 7 cv. A VW usou o mesmo
sinal de pré-aviso das versões flexíveis de que entrou combustível no
tanque, com isso deixando o comando eletrônico do motor em alerta para
mudança na octanagem, que continua a ser detectada pelo sensor de
detonação.
Como anda
No breve percurso da capital paulista a Mogi das Cruzes, SP, o Golf GTI
com caixa automática se mostrou muito rápido. A relação peso-potência de
7 kg/cv e o bom Cx 0,31 ajudam. Embora a
potência máxima ocorra a 5.500 rpm, o câmbio deixa o motor chegar a
6.500 rpm nas trocas — talvez fosse melhor 6.000 rpm, mais próximo
do ponto ideal da curva. Mas o motor está sempre pronto a exibir
desempenho e com suavidade. Há bloqueio de conversor de torque em quinta
e a operação manual é feita pela alavanca. A aceleração é convincente,
com 0-100 km/h em oito segundos, diz a fábrica. Com câmbio manual é meio
segundo menos. Só é estranho a velocidade máxima do automático ser de
209 km/h e a do manual 231 km/h. A relação final da quinta marcha não
impediria maior velocidade, já que a 230 km/h estaria a 6.100 rpm. Muito
esquisito.
O comportamento em curvas é de nível elevado, ajudado pelos pneus agora
20 mm mais largos. Não se nota tendência ao
esterçamento por torque, pelo menos com câmbio automático. Nada foi
mexido na suspensão, mas algum retrabalho deveria ser feito nos
amortecedores. Falta um pouco de controle nos movimentos suaves e há
certo excesso nos bruscos, provocando desconforto.
O Golf GTI mudou menos do que deveria, mas mantém seus atributos: um
carro robusto e ágil, com bom porta-malas (330 litros, apenas 10 a menos
que o Civic, um três-volumes) e mais potência à disposição. Pena que o
esportivo, juntamente com o 2,0 de 116 cv, represente meros 10% das
vendas. A Volkswagen brasileira está de presidente novo, o alemão Thomas
Schmall. Em seu discurso, uma frase chamou a atenção: "Empresas não são
feitas para cortar custos, mas para fazer bons produtos". Será que os
"times de depenação" vão ter de mudar de atividade na VW? Vamos torcer
para que sim. |