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O amplo teto de vidro (fixo) é o único opcional da C4, que leva 576 litros de bagagem com cinco lugares, reduzidos a 208 ao usar todos os sete

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O motor de 143 cv traz desempenho adequado, mas seria melhor ter mais de quatro marchas no câmbio; o conforto de rodagem é ponto alto

 
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 85 x 88 mm. Cilindrada: 1.997 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 143 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 20,4 m.kgf a 4.000 rpm.
CÂMBIO - automático, 4 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção.
RODAS - 16 pol; pneus, 215/55 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 4,59 m; largura, 1,83 m; altura, 1,71 m; entreeixos, 2,72 m; capacidade do tanque, 60 l; porta-malas, 208 l (7 lugares) e 576 l (5 lugares); peso, 1.560 kg.
Dados do fabricante; desempenho e consumo não disponíveis

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Ao volante   Sob o capô da Grand C4 Picasso está o motor de 2,0 litros e 16 válvulas conhecido de C4 Pallas e VTR, C5 e modelos da Peugeot. Em relação ao da Xsara, adiciona variador do comando de válvulas de admissão, pelo que obtém mais potência (143 cv) e torque (20,4 m.kgf). É acoplado à mesma caixa de câmbio automática de quatro marchas do C4 Pallas, com diferença de que na Picasso há comandos de trocas manuais atrás do volante — sobe pelo direito, reduz pelo esquerdo —, além de novo programa de gerenciamento do motor e do câmbio.

No trajeto em que o carro foi avaliado, entre São Paulo e Campinas, foi possível perceber que o motor está adequado, mas poderia ser melhor, diante dos expressivos 1.560 kg de peso (pouco menos que o da C8, de categoria superior e não mais trazida ao Brasil). Caso o câmbio tivesse mais uma marcha ou o torque fosse um pouco maior e em rotações mais baixas, a condução seria mais confortável, sem que o câmbio precisasse trocar de marcha com tanta freqüência em busca dos regimes de maior potência. Dados de desempenho e consumo não foram informados pela Citroën, o que lamentamos. Na Europa ela divulga velocidade máxima de 195 km/h e aceleração de 0 a 100 em 11,5 segundos.

A suspensão segue o conceito da linha C4, em que a traseira abandona o esquema tradicional francês (independente com braço arrastado e barra de torção) em favor de um padrão internacional, o de eixo de torção com mola helicoidal (saiba mais). Além de não ser independente, o novo esquema invade mais o compartimento de bagagem, o que a Citroën minimizou com a montagem inclinada dos amortecedores. Os pneus são Michelin Primacy HP em medida 215/55-16 e a assistência de direção, eletroidráulica, se reduz à medida que aumenta a velocidade. A calibragem da suspensão privilegia claramente o conforto, sendo mais macia que nos irmãos da linha C4. Essa maciez chega a ser um pouco exagerada na parte traseira, perceptível pelas oscilações quando se passa em valetas ou junções de pista, mas não compromete em nada a condução normal.

Ao contrário do esperado em monovolumes e em carros com desenho de cabine avançada, a visibilidade dianteira-lateral na Grand C4 Picasso é exemplar. O uso do enorme pára-brisa e da primeira coluna frontal bem estreita deixou o campo visual bem melhor que o da Xsara Picasso e de outros modelos do gênero. A segunda coluna dianteira foi desenhada de maneira a formar um ângulo com o campo de visão, para que pela visão do motorista ela pareça fina. Uma referência no segmento.

Todo esse conjunto chega a um preço muito competitivo: R$ 89,8 mil, sendo que o único opcional é o teto panorâmico de vidro escuro, fixo e com forro elétrico, por R$ 4 mil. A garantia é de três anos. A Grand Scénic sai a R$ 88 mil, mas sem controle de estabilidade ou auxílio a balizas, e a Zafira Elite completa (R$ 84,9 mil) fica longe de ambas em itens de conforto e segurança, além da defasagem do projeto. Em meio a tanta sofisticação, só fizeram falta na Grand Picasso — ao menos como opcionais — faróis de xenônio, revestimento em couro dos bancos (embora a aplicação pós-venda deste último seja simples) e... cores que saíssem da manjada dupla prata-e-preto.

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