Mais verde e mais maduro

Clique para ampliar a imagem

Com estilo mais ao gosto de públicos de idade superior, o novo
Honda Civic mira na eficiência, mas conserva a atitude esportiva

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: Caio Mattos/divulgação

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

A carroceria é toda nova, mas de frente ou de lado pode ser confundida com a anterior; a traseira de estilo algo conservador é a maior distinção

Clique para ampliar a imagem

Com o fim do esportivo Si restam três versões, todas de 1,8 litro; rodas e retrovisores com luzes de direção estão entre as diferenças visuais

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

No modelo brasileiro as lanternas receberam complementos, de gosto discutível, e os faróis baixos são elipsoidais; os de neblina vêm no EXS

Todos nos lembramos do impacto que a oitava geração do Honda Civic — terceira entre as produzidas no Brasil — causou no mercado ao ser apresentada, em 2006. Por fora, por dentro ou na mecânica, o modelo feito em Sumaré, SP, representava importantes evoluções que deixaram ultrapassada da noite para o dia a maior parte dos concorrentes. Não demorou para a marca japonesa reconquistar a liderança de vendas entre os sedãs médios, que seria perdida mais tarde com a reformulação do arquirrival Toyota Corolla.

Mais de cinco anos depois, chega até nós o Civic de nona geração, baseado na versão que os norte-americanos conheceram no início do ano. Dessa vez a sensação é outra: em vez de revoluções, a Honda apenas evoluiu o tema do modelo anterior — não seria mesmo fácil repetir o passo que o aquele Civic representou. Mas o carro recebeu aprimoramentos em vários campos, ganhou itens de conveniência e segurança e manteve a faixa de preços, argumentos com que busca retomar o primeiro lugar em vendas.

As três versões com motor de 1,8 litro foram preservadas, enquanto a esportiva Si e seu motor de 2,0 litros e alta rotação pertencem, infelizmente, ao passado. Os novos preços sugeridos, agora unificados para todo o Brasil, são: LXS, câmbio manual, R$ 69.700; LXS, câmbio automático, R$ 72.900; LXL, câmbio manual, R$ 72.700; LXL, câmbio automático, R$ 75.900; e EXS, câmbio automático, R$ 85.900 (veja os equipamentos de série). As vendas começam apenas em janeiro e a garantia mantém-se de três anos.

Se os brasileiros estão habituados a velhos projetos maquiados para parecer novos, com o Civic acontece o oposto: embora tão semelhante ao anterior na aparência, o carro pertence mesmo a uma nova geração, reprojetada desde a estrutura, e não aproveita nenhum painel de carroceria do antigo. Entre as alterações discretas, mas relevantes, o recorte das portas dianteiras foi avançado para que a pequena janela à frente do retrovisor — antes fixa à carroceria — fosse incorporada às portas. Com isso, a pequena coluna vertical pôde ficar bem estreita e, em conjunto à coluna dianteira mais fina, a visibilidade melhorou.

Visto de frente, o Civic ficou tão parecido com o anterior que chega a ser confundido com ele. Dignos de nota são os faróis com refletores elipsoidais no facho baixo (desenhados para o modelo brasileiro), embora ainda sem lâmpadas de xenônio em qualquer das versões, e a parte inferior do para-choque com formato que lembra muito o do Volkswagen Jetta. De lado, a impressão de linhas "esticadas" remete ao City, mas o perfil traz clara identificação com o da geração passada. A área envidraçada está com perfil um pouco mais baixo e a quebra em sua parte final parece inspirada nas dos sedãs BMW.

A traseira é mesmo o ponto de mais clara distinção. Com lanternas de desenho ao gosto dos norte-americanos, deixa o visual bem diferente do Civic anterior — que ao lado do novo parece simples, menos refinado, embora talvez mais esportivo. Para o Brasil, além de ampliar o rebaixo para a placa de licença, que agora cabe ali sem tocar suas extremidades, a Honda adotou pequenas extensões com refletores junto às luzes de ré. Se ficou bom ou não, o leitor pode julgar por si, mas a nosso ver saturaram o visual. São recursos mais comuns para renovar velhos modelos, como aconteceu no Corolla 2012, o que causa estranheza.

No interior o tema do painel de instrumentos em dois níveis foi mantido, mas com importantes novidades. O "andar" superior agora traz uma tela colorida de 5 pol que serve a computador de bordo, informações do sistema de áudio, configuração de funções, uso da interface Bluetooth para telefone celular. mensagens de aviso e imagens da câmera traseira que orienta manobras (inclui linhas-guia que não se movem com o volante).

Avaliações - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 26/11/11

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade