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Motor e câmbio automático ganharam alterações para maior eficiência; o porta-malas cresceu (449 litros), mas a tampa tem aspecto inaceitável

 
 
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; comando variável no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 81 x 87,3 mm. Cilindrada: 1.799 cm3. Taxa de compressão: 11,7:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 139 cv (gas.) e 140 cv (álc.) a 6.500 rpm. Torque máximo: 17,5 m.kgf a 4.600 rpm (gas.) e 17,7 m.kgf a 5.000 rpm (álc.).
CÂMBIO - automático, 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, independente, braços sobrepostos.
RODAS - 6,5 x 16 pol; pneus, 205/55 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 4,525 m; largura, 1,755 m; altura, 1,45 m; entre-eixos, 2,668 m; capacidade do tanque, 57 l; porta-malas, 449 l; peso, 1.286 kg.
Dados do fabricante para versão EXS; desempenho e consumo não disponíveis

Em uma limitada avaliação em autódromo, o Civic provou que continua esportivo no comportamento, mas poderia ter pouco mais de potência

O câmbio manual teve primeira e segunda marchas encurtadas. No automático, para redução de consumo em 2,2%, há menor atrito nos pacotes de embreagem, maior capacidade do conversor de torque e aumento da faixa de operação em que tal conversor opera bloqueado, condição que se aplica às cinco marchas, como antes. LXL e EXS permitem trocas manuais sequenciais pelos comandos junto ao volante.

Recurso interessante, cedido pelos Hondas de propulsão híbrida como Insight e CR-Z, é o comando Econ. Acionado por um botão verde no painel, ele altera várias configurações para menor consumo: a caixa automática troca de marcha em regimes mais baixos, as respostas do acelerador são mais lentas entre 45% e 80% de seu curso (ao abri-lo mais, volta ao padrão), o controlador de velocidade usa menos potência ao retomar o ritmo ou mantê-lo em aclives, e o ar-condicionado usa por mais tempo a recirculação de ar. As barras junto ao velocímetro mudam de azul para verde quando, com modo Econ acionado, o motorista dirige de forma econômica.

A suspensão conserva os conceitos eficientes da anterior, mas houve evoluções na frente: nova articulação entre amortecedores e estabilizador, para melhor controle de rolagem; braços mais leves e subchassi com menor peso e menos juntas soldadas para maior resistência. Quanto à direção, que já vinha com assistência elétrica desde o modelo 2009, teve o sistema redesenhado para menor peso e maior assistência (volante mais macio) em baixa velocidade.

No EXS, único a vir com controle de estabilidade, agora há compensação de assistência em condições críticas. Como exemplo, se o carro sair de traseira em uma manobra evasiva, a direção se tornará mais pesada para o lado interno e mais leve para fora da curva, para estimular o motorista a tomar a atitude correta nesse caso — esterçar para fora. De resto, a capacidade de combustível passou de 50 para 57 litros.

Ao volante   Um carro com tantas novidades merecia uma extensa avaliação em ruas e estradas a bordo de diferentes versões, mas a Honda limitou-se a uma apresentação à imprensa na pista particular da fazenda Capuava, na região de Campinas, SP, com o EXS. Não é o território ideal para um sedã familiar, mas o que pudemos concluir ali?

Uma boa impressão: se em aparência o Civic parece ter amadurecido, seu comportamento dinâmico permanece um dos mais esportivos entre os carros da classe. Nas curvas de pequeno raio do autódromo, a combinação de suspensão firme, com elevado controle pelos amortecedores, e direção com relação baixa (rápida) tornam o carro prazeroso de dirigir com vigor. O subesterço não é excessivo e, com o controle de estabilidade desativado, pode-se fazer a traseira sair um pouco pelo corte de potência, para melhor inserção nas curvas. Com a eletrônica ativada, sua atuação não incomodou.

O motor é relativamente suave, com leve aspereza em alta rotação, e pode ser levado a cerca de 6.800 rpm até que ocorra o corte (em modo manual o câmbio não troca de marcha no limite, nem faz reduções ao acelerar a pleno, sem que o motorista peça). Torque em baixa não é seu ponto alto, sendo preciso usar bem as marchas para obter desenvoltura. A caixa automática atua bem, com trocas suaves e no momento desejado, mas poderia aceitar algumas reduções em médios giros que acaba por desprezar.

Apesar de pista não ser o melhor local para julgar, fica a sensação de que a Honda foi tímida em conservar o motor de 1,8 litro. Grande parte dos concorrentes oferece mais em cilindrada, potência e torque, embora o Civic tenha a vantagem de ser mais leve que muitos deles. Por que não trazer a unidade de 2,0 litros do Accord e do CR-V, com a devida conversão para flexível e algum aumento de potência, ao menos para versões superiores?

Talvez a resposta esteja no próprio estilo amadurecido do novo Civic: depois de fazer um sedã com tempero esportivo que atraiu compradores de hatchbacks, a Honda parece ter voltado a pensar em um público de faixa etária superior, mais interessado em conforto, amenidades internas e na reconhecida robustez do modelo. Resta saber se a suspensão ficou ao gosto desse público ou se manteve o padrão esportivo anterior, o que só a avaliação completa dirá.

Os equipamentos
O conteúdo de série do Civic foi ampliado na nova geração para atender às (justas) críticas ao modelo anterior. O LXS vem com itens de segurança como bolsas infláveis frontais, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica entre os eixos (EBD), cinto de três pontos e encosto de cabeça para os cinco ocupantes, alarme antifurto, câmera traseira para orientação em manobras e fixações para cadeiras infantis no padrão Isofix no banco traseiro (cadeiras fixadas pelo sistema serão vendidas na rede de concessionárias).

A gama de equipamentos de conforto e conveniência abrange ar-condicionado com controle automático de temperatura, direção com assistência elétrica, volante regulável em altura e distância e revestido em couro com comandos de áudio e do controlador de velocidade, comando interno para tampas do porta-malas e do bocal do tanque (com travamento por chave), apoios de braço centrais à frente e atrás e banco traseiro rebatível bipartido em 60:40.
Vem ainda com rádio/toca-CDs com leitura de MP3 e WMA e conexões (USB e auxiliar P2), controle elétrico dos vidros com função um-toque e abertura/fechamento a distância, e rodas de alumínio de 16 pol. A caixa automática é o único opcional.

A versão LXL acrescenta, de série, revestimento interno em couro, faróis com acendimento automático, retrovisores com luzes de direção, grade em preto brilhante em vez de fosco e, no caso de câmbio automático, seus comandos no volante.

Por sua vez, o EXS vem sempre com caixa automática e adiciona controle de estabilidade e tração, bolsas infláveis laterais nos bancos dianteiros, faróis de neblina e o sistema de áudio com mais dois tweeters, tela sensível ao toque, navegador e interface Bluetooth para telefone celular. Vem ainda com rodas com desenho próprio, maçanetas externas cromadas e internas na cor prata, ajuste do intervalo do limpador de para-brisa, iluminação no porta-copos do console e (ao menos ele) forração na tampa do porta-malas.
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