O interior tem acabamento
adequado e acomoda bem; o revestimento usa tecido agradável, que pode
dar lugar ao couro nas concessionárias
Os bancos da segunda fila
(três) e da terceira (dois), independentes, podem ser rebatidos ou
retirados, o que leva a amplo espaço de carga |
Os bancos da segunda fila admitem regulagem longitudinal e de inclinação
do encosto; os da terceira podem ser rebatidos (mas sem se encaixar em
espaços no assoalho) ou retirados. Uma fita os mantêm rebatidos. Todos
os lugares oferecem encosto de cabeça e cinto de três pontos, o
ar-condicionado inclui difusores para a segunda fila e há boa variedade
de porta-objetos, incluindo um com tampa no console central e
porta-óculos no teto. Fazem falta, porém, computador de bordo e
interface Bluetooth para telefone
celular.
O destaque, sem dúvida, é o imenso compartimento de bagagem: 720 litros
na versão de cinco lugares que passam a 2.200 quando se usa todo o
volume atrás dos bancos dianteiros, retirando os demais assentos. Na
versão Diamond há espaço para apenas 198 litros com os sete lugares em
uso, passando aos mesmos 720 ao retirar os bancos suplementares. A
grande porta deixa uma enorme abertura de acesso.
Ao volante
No pequeno trajeto de avaliação da imprensa, em São Paulo, a J6 mostrou
desempenho discreto. Potência e torque apenas razoáveis para a
cilindrada, associados ao peso de 1.500 kg, resultam em acelerações um
pouco lentas com o carro bem abaixo da carga máxima. O tempo declarado
de 0 a 100 km/h, de 13,1 segundos, confirma a sensação de baixo
desempenho mesmo quando se recorrem às altas rotações.
Além disso, o nível de ruído do motor fica acima do esperado nessa
categoria, para o que concorre o câmbio com marchas muito curtas: quase
4.000 rpm em quinta a 120 km/h são rotação para motor de 1,5 litro, não
de 2,0. Além da troca de unidade motriz, as preferências do mercado
nacional levaram a JAC a efetuar outras alterações técnicas na J6, caso
do câmbio com engates mais curtos, da melhoria no isolamento de ruídos e
vibrações e da recalibração da suspensão.
A marca adotou um acerto mais firme, com rodar mais controlado pelos
amortecedores. O resultado foi uma rodagem macia e silenciosa associada
à sensação de fácil controle, embora o percurso tenha sido insuficiente
para análise adequada do comportamento em curvas (quando todas as
fábricas nos darão condições adequadas para isso?). Ponto negativo é que
a frente, comprida e muito perto do solo, chega a raspar nas lombadas.
De resto, câmbio e direção leves fazem da J6 um carro agradável de
dirigir.
No fim das contas, pelo que se pôde perceber no breve contato, a
novidade da JAC vem representar uma alternativa válida e atualizada em
um segmento carente de novidades. O que lhe faltou foi ousadia na
relação custo-benefício: diante das incertezas que cercam os carros
chineses acerca de manutenção, durabilidade e valor de revenda, seria de
se esperar um preço mais convidativo para os que aceitassem apostar. |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 85 x 88 mm.
Cilindrada: 1.997 cm3. Taxa de compressão: 10:1. Injeção
multiponto sequencial. Potência máxima: 136 cv a 5.500 rpm. Torque máximo:
19,1
m.kgf a 4.000 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira e traseira, independentes McPherson. |
RODAS
- 16 pol; pneus, 205/55 R 16. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,55 m; largura, 1,775 m; altura, 1,66 m;
entre-eixos, 2,71 m; capacidade do tanque, 68 l; porta-malas, 198
l (com 7 lugares), 720 l (com 5 lugares) e 2.200 l (com 2 lugares); peso, 1.500 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 183 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 13,1 s. |
Dados do fabricante; consumo
não disponível |
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