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No interior espaçoso, boa posição para o motorista, contraste entre os materiais de acabamento e logotipos nos encostos que aparecem no escuro

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O sistema de áudio, de série, combina com o jeito irreverente do Soul

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O desempenho do motor de 1,6 litro e a estabilidade convencem, mas aspereza da suspensão e respostas do câmbio automático incomodam

Em seguida há um pacote de opcionais com rack no teto, defletor traseiro, faróis de neblina e freios com sistema antitravamento (ABS). O preço salta para R$ 55.900 com câmbio manual e R$ 60.900 com o automático de quatro marchas. O último pacote agrega ainda câmera de marcha à ré (as imagens são mostradas em parte do retrovisor interno), rodas de 18 pol e revestimento em couro de volante e câmbio (não há para os bancos) ao preço de R$ 59.900 para câmbio manual e R$ 64.900,00 com o automático. Faltaram, ao menos como opcionais, computador de bordo e teto solar. Também poderia haver opção de controle de estabilidade, freios traseiros a disco e bolsas infláveis laterais e de cortina — itens que vêm de série no mercado europeu.

O Soul vem para o Brasil com motor de 1,6 litro e 16 válvulas, com variador de seu tempo de abertura, que obtém potência de 124 cv e torque de 15,9 m.kgf. É um alto rendimento para a cilindrada (78 cv/litro), bem-vindo diante do peso expressivo, 1.287 kg na versão automática e 1.267 kg na manual. A Kia informa que o motor de 2,0 litros do mercado internacional está em fase de homologação no Brasil, mas — curiosamente — não haveria planos de lançá-lo por enquanto. Informou também que uma versão flexível está no forno e deve chegar em cerca de um ano.

O câmbio automático opcional não traz grandes novidades, sendo do tipo adaptativo (identifica a forma de condução do motorista para definir a rotação de troca de marchas) e sem seleção manual. Na mesma linha está a arquitetura da suspensão, pelo sistema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. São padrões mundiais que conciliam robustez e baixo custo. A direção tem assistência elétrica, tendência mundial.

Ao volante   Na apresentação para imprensa em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, foi possível rodar cerca de 70 quilômetros, apenas em trechos rodoviários e em um dia em que a chuva não deu trégua um único instante. No entanto, diversas qualidades do carro se fizeram notar. A primeira delas é o espaço interno: com entre-eixos de 2,55 metros em uma carroceria de 4,10 m (portanto de carro médio-pequeno), o espaço interno é dos melhores e acomoda com conforto tanto os passageiros da frente quanto os de trás. A largura de 1,785 m contribui para a boa acomodação. Frente ao espaço interno, a capacidade do porta-malas de 340 litros pode decepcionar um pouco, ainda mais pelo uso de estepe temporário, bem fino, que ocupa menos espaço que um pneu comum.

O motor confere ao carro um desempenho bem razoável. Movimenta-o sem muito esforço, produz aceleração adequada e mantém velocidades de viagem transmitindo pouco ruído para o interior. Só não se espere alta velocidade máxima: é de 175 km/h na versão manual e ínfimos 162 na automática. A vivacidade do carro, no entanto, é ofuscada pelo câmbio automático de quatro marchas sem grandes recursos. Em aclives ele não decide que marcha manter, fazendo constantes reduções e trocas ascendentes conforme se use mais ou menos o acelerador. As caixas mais modernas detectam aclives e evitam esse inconveniente.

Outro aspecto que incomoda é a aspereza da suspensão com rodas de 18 pol e pneus 225/45. Fica claro que o acerto foi feito para o melhor dos asfaltos, pois o carro sofre em nosso piso e transmite para a cabine sua pouca absorção das imperfeições. Não andamos no carro com rodas de 16 pol e pneus 205/55, mas é provável que seu comportamento seja melhor. Além disso, o ruído de rodagem é bem intenso na cabine. No mais, o comportamento é muito bom: contorna curvas com neutralidade e nas retas não se sente a influência de ventos laterais ou mesmo do deslocamento de ar de veículos maiores, como a grande área lateral faria crer (a altura é de 1,61 m).

O pacote do Soul é muito interessante. Desenho inédito e com forte identidade, interior agradável, condução dentro dos padrões — ainda que necessite de alguns ajustes — e preço convidativo. O importador estima vender 3.000 unidades ainda em 2009, uma média de 600 carros por mês, o que pode se tornar uma estimativa conservadora.

Ousadia nos porta-objetos em vermelho e a boa solução da câmera na traseira, que envia imagens para o retrovisor interno para facilitar manobras
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 77 x 85,4 mm. Cilindrada: 1.591 cm3. Taxa de compressão: 10,5:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 124 cv a 6.300 rpm. Torque máximo: 15,9 m.kgf a 4.200 rpm.
CÂMBIO - manual, 5 marchas, ou automático, 4 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (ABS) opcional.
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção.
RODAS - 6,5 x 16 pol ou 7 x 18 pol; pneus 205/55 R 15 ou 225/45 R 18.
DIMENSÕES - comprimento, 4,105 m; largura, 1,785 m; altura, 1,61 m; entre-eixos, 2,55 m; capacidade do tanque, 48 l; porta-malas, 340 l; peso, 1.267 kg (câmbio manual) e 1.287 kg (automático).
DESEMPENHO - velocidade máxima, 175 km/h (manual) e 162 km/h (automático); aceleração de 0 a 100 km/h, 11,0 s (manual) e 12,0 s (automático).
Dados do fabricante; consumo não disponível

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