

A Variant recebe mudanças menos
profundas, mas também ganha novo visual; exclusivo dela é o teto solar
panorâmico, três vezes mais amplo

No interior as novidades
parecem poucas, mas há grande acréscimo
de itens de conveniência e segurança, alguns deles oferecidos à parte

Se no motor tudo se resume a
mais 11 cv, a caixa automática de seis marchas deu lugar à eficiente DSG
automatizada de dupla embreagem


Conforto, estabilidade e bom
desempenho mantêm esses Volkswagens muito atraentes na categoria --
agora mais, com os auxílios eletrônicos |
Já a Variant ganha teto solar panorâmico (três vezes maior que o usual),
que pode ser aberto ou inclinado. Há ainda encostos de cabeça dianteiros
com melhor proteção, película de isolamento de ruídos no para-brisa,
monitor da pressão dos pneus com alerta individual e, na perua, um
comando que faz a quinta porta se fechar automaticamente.
Auxílios
eletrônicos
As maiores novidades
internas do Passat, porém, não estão à vista: são dispositivos de
segurança e conforto de alta tecnologia, alguns inéditos na marca ou
mesmo na categoria. Um deles é o sistema de detecção de fadiga, que
monitora sinais como o ângulo do volante, uso dos pedais e aceleração
transversal por toda a viagem. Se os parâmetros monitorados indicarem um
desvio do padrão de direção, avisos sonoro e visual recomendam ao
motorista que pare e descanse.
O controlador de velocidade passa a
monitorar também a distância até o tráfego à frente, por meio de um
radar, acelerando e desacelerando o automóvel conforme o tráfego
detectado. Se a distância até o veículo da frente estiver chegando a um
ponto crítico, o sistema de freios é preparado e são emitidos avisos
visuais e acústicos. Caso a reação do motorista ao frear seja
insuficiente, o carro aumenta automaticamente a pressão nos freios. Há
ainda a função de frenagem de emergência urbana: abaixo de 30 km/h, a
aproximação de um veículo produz alertas e faz o Passat iniciar por si
mesmo a frenagem para ajudar a evitar uma colisão.
O assistente de estacionamento Park Assist chega à segunda geração. Se a
primeira ajudava a estacionar o carro apenas em vagas paralelas ao
sentido de rodagem, agora o auxílio inclui vagas perpendiculares. Por
meio de 12 sensores ultrassônicos, o sistema analisa as vagas e informa
se têm tamanho adequado. O motorista engata a marcha à ré e só precisa
acelerar e frear, enquanto o volante gira de modo automático. Em caso de
risco de colisão, os freios são acionados, o que não acontecia antes.
Agora o Park Assist permite parar em vagas bem menores (80 cm maiores
que o carro, enquanto antes eram 140 cm) e também funciona em curvas,
junto a blocos de concreto e entre árvores ou outros obstáculos.
Embora o motor do Passat seja bem conhecido — a geração anterior já
usava o 2,0-litros com turbocompressor,
resfriador de ar e
injeção direta —, sua potência aumentou
de 200 para 211 cv, sem alterar o torque máximo de 28,5 m.kgf a apenas 1.700
rpm. Na transmissão vem a caixa de câmbio automatizada DSG de seis
marchas, com dupla embreagem e grande
eficiência, que já vinha equipando o modelo havia algum tempo. Trocas manuais podem ser feitas pela alavanca
ou pelos comandos no volante. Novo é o controle
eletrônico que faz as vezes de diferencial
autobloqueante, mas atua apenas no freio da roda que perde tração.
Ao volante
Sair de um motor V8 de
360 cv, o do Touareg, para um de quatro cilindros em linha e 211 cv pode
induzir a avaliação, mas algumas simulações de ultrapassagens mostraram
que o Passat não decepciona no quesito desempenho. O motor turbo entrega
bem cedo seu alto torque máximo, o que traz a sensação de estar com um
seis-cilindros de cilindrada 50% superior, se não mais. A aceleração de
0 a 100 km/h em menos de oito segundos dá ideia da farta potência
disponível.
Na viagem entre Campos do Jordão e a capital paulista o sedã mostrou
grande estabilidade, tanto direcional quanto em curvas, sem que isso
implique desconforto na rodagem: a suspensão absorve muito bem as
irregularidades do piso. Destaque para o baixíssimo nível de ruído
interno, a ponto de se acreditar que o motor está desligado. O câmbio
DSG mostrou excelência, com rapidez e suavidade nas mudanças que
impressionam. E dispositivos como a assistência ao estacionamento e o
controle de distância facilitam muito a vida do motorista.
O segmento de luxo lança mão cada vez mais da eletrônica para reforçar
segurança e conforto. E nos faz acreditar que não está muito longe
aquela ideia fictícia de que, um dia, os carros serão conduzidos por
conta própria. |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82,5 x 92,8 mm.
Cilindrada: 1.984 cm3. Taxa de compressão: 9,6:1. Injeção direta,
turbocompressor, resfriador de ar. Potência máxima: 211 cv a 5.300 rpm. Torque máximo:
28,5
m.kgf a 1.700 rpm. |
CÂMBIO
- manual automatizado, 6 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência elétrica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente,
multibraço. |
RODAS
- 7,5 x 17 pol; pneus, 235/45 R 17. |
DIMENSÕES
(sedã)
- comprimento, 4,769 m; largura, 1,82 m; altura, 1,48 m;
entre-eixos, 2,712 m; capacidade do tanque, 70 l; porta-malas, 485
l; peso, 1.474 kg. |
DIMENSÕES
(Variant)
- comprimento, 4,771 m; largura, 1,82 m; altura, 1,488 m;
entre-eixos, 2,712 m; capacidade do tanque, 70 l; porta-malas, 513
l; peso, 1.514 kg. |
DESEMPENHO - velocidade máxima,
210 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 7,6 s (sedã) e 7,7 s
(Variant). |
Dados do fabricante;
consumo não disponível |
|