Nasceu então o Bristol 400. Apesar de partir da cópia do BMW
327, a Bristol trilhou seu próprio caminho dali em diante, mantendo o ótimo motor da BMW (seis cilindros em linha, 2,0 litros, 130 cv) até o começo dos anos 60, quando passou a usar motores Chrysler V8. Hoje, a Bristol é talvez a menor das "fábricas" inglesas, produzindo carros realmente sob encomenda, às vezes menos de um por mês. São conhecidos como
gentleman's express, com potentes, porém tranqüilos e refinados, motores V8 acoplados a transmissões automáticas. |
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O atual Bristol Blenheim
não atrai pelo estilo, mas reúne conforto e desempenho com motor
Chrysler V8. E a marca prepara um esportivo com motor V10 do Viper |
O famosíssimo e respeitado jornalista e engenheiro inglês L.J.K. Setright, ele próprio a imagem perfeita do
gentleman britânico, até hoje discorre sempre quando pode as virtudes de seus amados Bristols. A marca, com seu tamanho ínfimo
-- ao contrário do que se vê hoje com as malfadadas fusões --, não parece correr risco de desaparecer, inclusive anunciando que terá um carro totalmente novo: o Fighter, que continuará com motor Chrysler, só que agora o poderoso V10 de 450 cv do Dodge Viper. |
A fábrica e
os produtos da Morgan continuam muito próximos do que eram em 1936:
estrutura da carroceria em madeira, estilo clássico, suspensão ultrapassada. Mas
seu charme é irresistível |
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Mas veja bem: o Fusca era avançadíssimo para a época, todo montado com chapas estampadas, como se faz hoje. Um Morgan é um carro de 1936 produzido em 2001. Tem chassi separado, carroceria em madeira revestida de chapas de alumínio e eixo traseiro rígido. A suspensão dianteira é independente por pilar deslizante, como no primeiro triciclo Morgan de 1919, suspensão que ninguém mais usa por ser muito ruim para absorção de impactos. E o pior: tudo é feito na Morgan, até as molas e parafusos.
Apenas motor e transmissão são comprados. |
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Com motor Rover V8, o Plus 8
-- mais potente dos Morgans -- acelera até 100 km/h em 6 s. A fila de
espera é de quatro anos |
Este novo Morgan é um exemplo da moda vigente. Hoje a aparência e o acabamento do veículo parecem ser diferenciação suficiente para as marcas. A Volkswagen lançou, e com grande sucesso, o novo Fusca, que não passa de um Golf travestido. Difícil entender o que leva uma pessoa a comprar tal carro, considerando que o Golf é melhor em todos os sentidos, inclusive mais barato. Um Morgan moderno que parece um Morgan antigo perde toda a razão de existir. É melhor comprar algo também com estilo moderno e melhor desenvolvido. |
A Morgan
tentou se modernizar com o Aero 8, lançado no ano passado com
mecânica BMW V8. Chamado de estrábico pelos faróis inusitados,
perdeu o charme dos modelos tradicionais |
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Talvez uma das mais antigas a ser compradas, e um exemplo fácil deste problema, seja a
Vauxhall. Adquirida pelo gigante General Motors já no pré-guerra, deixou de ser uma marca de sedãs esportivos, concorrente da Bentley e Mercedes-Benz na década de 20 e 30, para gradualmente virar fabricante de Opels (GM alemã) com a direção do lado direito. Existe, mas está morta como marca. |
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