Conheça mais automóveis que precisaram trocar de logotipo, por direitos de marca ou risco de virarem piada
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação
Quem compraria um carro chamado Zica? E um Rolls-Royce com o nome “esterco de prata”, faria sucesso? Por essas e outras razões, muitos automóveis tiveram de mudar de nome, ao menos em alguns países, como vimos aqui e aqui. Agora vamos conhecer mais casos curiosos. Se preferir, assista ao vídeo com o mesmo conteúdo e mais imagens.
Toyota MR2
MR2 parecia uma boa sigla para esse esportivo da Toyota nos anos 80, pois destacava o motor central, a tração traseira e os dois lugares. Só na França não deu certo: a pronúncia do nome era parecida com emmerdé, que significa bêbado, e lembrava a do palavrão no qual você pensou. Lá ele se chamou MR, lido como emér.
Daewoo Espero
O duplo sentido pode ocorrer também em espanhol. O Daewoo Espero, que foi vendido no Brasil nos anos 90, mudou para Aranos em alguns países com aquele idioma. O nome original, ao ser lido como “espero”, poderia dar a entender um carro lento ou sem confiabilidade.
Mitsubishi Pajero iO
No Brasil, a Mitsubishi trouxe seu Pajero compacto em 1999 com um sufixo italiano: iO, grafado com “o” maiúsculo. Muitos acharam que estava escrito 1.0… Ao nacionalizá-lo, em 2003, a empresa mudou para Pajero TR4.
Studebaker Dictator
Nos Estados Unidos, em 1927, a Studebaker lançou o Dictator, ou ditador. A ideia era ditar tendências ou padrões para outros carros, mas em alguns países o nome foi mal visto e mudou para Director ou diretor.
Renault Clio
Muitos nomes são trocados por questões legais, como a disputa por marcas. O Clio no Japão chama-se Lutecia. O nome Clio no país é da Honda, que o usa em uma rede de concessionárias desde 1984.
Ford Edge
Já o Edge foi rebatizado na Austrália: a Toyota detém os direitos sobre a marca, que foi usada em versões do Corolla ao RAV4. Lá ele é o Endura.
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Fiat Bravo
Alguns carros enfrentaram problemas duas vezes. O Fiat Bravo dos anos 90 era Bravissimo no Japão, onde seu nome pertencia a um pequeno furgão da Mitsubishi. Na segunda geração (foto), que tivemos aqui, o Bravo foi Ritmo na Austrália: lá, Bravo é uma picape da Mazda.
Tesla Model E
Já percebeu que a Tesla tem os modelos S, X e 3? Por que não uma letra para o último deles? Na verdade Elon Musk queria usar modelo E, mas a Ford foi à Justiça. A Tesla então espelhou a letra, que se tornou o número 3.
Chevrolet Beretta
Alguns nomes não chegam a ser alterados, mas dão trabalho aos fabricantes. Também nos Estados Unidos, a General Motors foi processada em 1989 ao lançar o Chevrolet Beretta, nome de uma fábrica de armas italiana. Um acordo lhe permitiu manter o logotipo.
Alfa Romeo Q2 e Q4
Q2 e Q4, para a Alfa Romeo, foram boas siglas para tração em duas e quatro rodas. Só que a Audi já usava Q3, Q5 e Q7 e não gostou da ideia, o que rendeu disputa. O Q2 dos alemães já está nas ruas e logo chega o Q4, sigla que por enquanto continua em uso pelos italianos.
Audi
A própria marca Audi foi escolhida por questões legais. O fundador August Horch vendeu sua fábrica de carros e abriu outra com seu nome, mas os novos donos o impediram na Justiça. Então, traduziu o nome Horch para o latim Audi, que significa “ouça”. Nascia a marca em 1910.
Ferrari F-150
Até carros de Fórmula 1 estão sujeitos a conflitos. O da Ferrari para 2011 seria F-150, mas a Ford protestou. Segundo a marca do oval, os italianos queriam lucrar em cima da boa imagem de sua picape. A Ferrari passou o número para ordinal, adicionou o sufixo Italia e tudo se resolveu.
Gurgel Cena
O minicarro 100% brasileiro da Gurgel, em 1987, seria Cena ou Carro Econômico Nacional. Ayrton Senna não gostou da semelhança e, depois de ser processado, João Gurgel mudou para BR-800. Não sem antes argumentar que, muito antes de o piloto nascer, o rio Sena já corria por Paris…
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