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Carros do Passado

Outras melhorias vinham no Turbo: radiador de óleo, câmbio de cinco marchas, suspensão mais esportiva e freios a disco nas quatro rodas. O conforto também aumentava com ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e travas e sistema de áudio de melhor qualidade, todos de série. O 924 básico podia vir com os equipamentos do Turbo e mais um inusitado opcional: câmbio automático de três marchas. Um 924 automático "americano" é talvez um dos capítulos mais tristes da história da Porsche...

Com a versão turbo, o 924 começava a ficar interessante: 177 cv de potência, máxima de 225 km/h, freios a disco traseiros

O Turbo distinguia-se pelas quatro entradas de ar extras no "nariz" e uma tomada de ar fresco tipo NACA, muito utilizada em aviões, no lado direito do capô. As rodas de 6 x 15 pol vinham com modernos pneus Pirelli P7 e um discreto spoiler traseiro foi adotado. Embora bem mais interessante que o 924 básico, a maior potência do Turbo fazia exacerbar as deficiências dos componentes VW de suas suspensões. Problemas de durabilidade no motor e falta de linearidade de entrega de potência (turbo lag) também não ajudaram. Assim, o público continuava a ignorar o Porsche mais barato.

Carrera GT, GTS e GTR   Em 1979 a Porsche andava em uma encruzilhada. Seus planos futuros passavam pelo fim do 911, substituído pelo 928, mas o público não desistia do Porsche de motor traseiro. O 928 não vendia como esperado, bem como seu irmão menor, o 924. Outro plano foi então traçado: o mais barato 924 seria desenvolvido até se tornar uma opção viável ao 911, e o 928 se manteria como um caro e lucrativo topo-de-linha. 

Para quem acha um absurdo que a Porsche pensasse em trocar o mítico 911 pelo obscuro 924, é bom ressaltar que os dois carros estão exatamente na mesma classe de tamanho, peso e espaço interno. A única deficiência do 924 estava no motor, algo fácil de resolver. Já a deficiência do 911, a má distribuição de massas, era mais difícil.

O 924 Carrera GT: a série limitada de 406 unidades foi toda vendida antes mesmo de sua produção

O 928 era maior e mais pesado, pensaram os dirigentes da Porsche, e talvez aí estivesse seu erro de posicionamento de mercado. Se o 924 fosse tão veloz quanto o 911 e mais barato, o público certamente compraria o novo carro. Nada mais lógico, mas esse era o erro dos alemães: ninguém compra um carro-esporte por lógica racional. Emoção, algo que o 911 sempre produziu em doses maciças, ainda é o mais importante.

De qualquer forma, para que a viabilidade desta nova missão do 924 fosse testada, a Porsche desenvolveu versões de competição que acabaram por gerar fantásticos carros de rua também. Foram desenvolvidos como 937, mas lançados com um nome que ainda não havia perdido sua força: Carrera. Os 924 Carrera GT e GTS seriam as versões de homologação para as ruas, e o GTR, a de competição. 

Já em 1980, na prova preferida da empresa -- a 24 Horas de Le Mans --, o novo carro estreou, chegando em 6°., 12°. e 13°. O que chegou em 6°. levava um motor diferente, experimental, onde vários conceitos foram testados (como o cabeçote de duplo comando e 16 válvulas), alguns deles adotados no futuro 944. A versão de rua entrou em produção no final de 1980. Como qualquer Porsche de série limitada, todos os 406 Carreras GT foram vendidos antes mesmo de ser produzidos.
Continua

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