A
berlineta
Leve,
ágil, esportivo, o Renault Alpine fez sucesso |
|
Jean Redélé foi o fundador da Alpine. Ele começou em sua oficina na cidade de Dieppe, na França, preparando carros e tendo sucesso em competições após a Segunda Guerra Mundial. Modificando, ou melhor, envenenando um Renault 4CV, conhecido no Brasil como "Rabo Quente", ganhou várias corridas incluindo as Mil Milhas dos Alpes. Deste nome da cadeia de montanhas européia nascia um 2+2 lugares -- mais para 2 --, com linhas esportivas em sua carroceria aerodinâmica. Era ágil, pequeno, leve (pesava menos de 700 kg) e atrevido. |
Linhas simples e suaves no A106, o primeiro Alpine. Motor e chassi do Renault 4CV, ótima estabilidade e maneabilidade |
Em 1954 era fundada a Societé Anonyme des Automobiles Alpine. Foi pioneira na construção de carrocerias em fibra de vidro, em 1955, quando lançou o A106, primeiro modelo da marca com o motor e chassi do Renault 4. Foi o primeiro sucesso. O desenho do carro era obra de Michelotti. O automóvel ganhou várias competições e provou ótima estabilidade e maneabilidade em provas de montanha. Ganhou as famosas Mil Milhas italianas em 1956, a uma média de velocidade perto de 100 km/h. Sempre utilizando motor e componentes Renault, seu sucessor, o A108, foi lançado em 1956 e fabricado até 1963. Em 1962 era apresentado no Salão de Paris o modelo de maior prestigio da marca, o A110 Tour de France. Distinguia-se do A108 pelas linhas diferentes na traseira, projetadas por Serge Zuliani, e pelo motor do Renault R8 posicionado na traseira com virabrequim de cinco mancais, 956 cm3 e 55 cv. Opcionalmente havia uma versão Mignotet de 65 cv, equipada com quatro freios a disco. Mignotet foi preparador de motores da Alpine durante anos. |
O modelo A110 (aqui um de 1972) surgiu em 1962 e foi o de maior prestígio da linha: 14 anos em produção com as mesmas linhas básicas |
A carroceria tinha
faróis carenados, faróis de milha auxiliares, alguns
cromados no capô e nas laterais e calotas nas rodas. Era
também um cupê 2+2, mais aerodinâmico que seu
antecessor, com linhas modernas e agressivas. O interior
era apertado e, depois que conseguia entrar, o motorista
encontrava os pedais dispostos um pouco à direita. Tinha
volante esportivo de três raios e no painel trazia
grandes mostradores, velocímetro e conta-giros, e três
menores de pressão e temperatura do óleo, capacidade do
tanque e amperímetro. Este modelo manteve suas linhas praticamente inalteradas durante 14 anos e ficou conhecido como Alpine Berlineta, ou carinhosamente "A Berlineta". |
Um
vencedor nas pistas: correu em circuito e em rali com
ótimos Em 1964 o motor passava a 1,1 litro, com opções de 66 ou 80 cv. Em 1965 surgia como opção uma caixa de cinco velocidades e motor de 1,3 litro e 115 cv, trabalhado por Amédée Gordini. Na carroceria a maior novidade eram as entradas de ar sobre os faróis. Também recebia quatro amortecedores traseiros. Até 1969 apareceriam várias opções de motor, sendo o mais potente de 1,6 litro e 138 cv. Sua velocidade final estava perto dos 210 km/h e percorria os 1.000 metros em menos de 31 segundos. Continua |
© Copyright 1999/2000 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |