O restante do conjunto mecânico seguia tradições Ferrari. O chassi tubular de aço utilizava tubos de seção circular ou retangular, de acordo com o local, e
subchassis à frente e atrás, onde eram montados o trem-de-força e as suspensões. A carroceria mesclava elementos de aço galvanizado e de alumínio, muitas vezes em um "sanduíche" de plástico reforçado com fibra-de-vidro, para proteção anticorrosiva. Os capôs dianteiro e traseiro abriam-se em sentidos inversos e levavam junto os pára-lamas, para fácil acesso à mecânica. |
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A carroceria
combinava aço galvanizado, alumínio e fibra-de-vidro; os pára-lamas
erguiam-se junto dos capôs dianteiro e traseiro |
A suspensão, de braços sobrepostos em ambos os eixos, adotava duas molas e dois amortecedores para cada roda traseira -- uma receita tão bem-sucedida no Boxer que seria adaptada a diversos Ferraris posteriores em competição. O grande motor naturalmente excedia a linha do eixo traseiro, mas o centro de gravidade permanecia entre os eixos, como se desejava, e a distribuição de peso estava próxima ao ideal: 47% à frente, 53% na traseira. |
Um interior
com boa área envidraçada, ar-condicionado, revestimento em couro
opcional e console estreito, mas com uma limitação: o banco do
motorista sem ajuste longitudinal |
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Luxo
e conforto O 365 GT4 BB não era apenas rápido. Em que pese o ínfimo espaço para bagagem, o interior oferecia requinte e conforto que não se viam em muitos supercarros, com ar-condicionado e controle elétrico dos vidros de série e opção de revestimento dos bancos em couro. As janelas amplas e a solução encontrada para o vidro traseiro -- pequeno e vertical, em vez de acompanhar a silhueta quase horizontal das laterais -- favoreciam a visibilidade. O volante era o tradicional Momo de três raios metálicos. |
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