Muitos boys se iniciaram com o Brasília. A maioria dos carros tinha sua suspensão rebaixada até o limite, ao ponto em que não dava para passar por cima de uma lata de cerveja em pé. Não faltavam acessórios como rodas de liga leve, vidros fumês ou verdes, bancos altos, minivolantes, conta-giros fixado sobre o painel, teto solar, escapamentos de saída dupla para todos os ouvidos, telas de proteção para estes, carburações, comandos especiais, etc. A parafernália transformava o carrinho. |
O prefeito de uma cidade do interior e correligionários chegaram à capital sem avisar e pediram audiência com o governador. Após 10 minutos de espera, o chefe de gabinete do cerimonial disse que ele não poderia ser atendido naquele momento, pois o governador estava com gente que veio de Brasília. Um deles arrematou:
- Grandes coisas, nós viemos de Vectra! |
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O ator Tarcísio Meira dirigia um Brasília LS numa novela das oito do início da década de 80, em que era fazendeiro. No filme
A Testemunha, estrelado por Harrison Ford, podemos ver uma Variant de origem alemã. |
Durante anos, mesmo após a interrupção da produção, o Brasília figurou no ranking entre os mais roubados do País, dividindo o primeiro posto com o Fusca. Em 1992 ainda tinha a preferência dos ladrões: 15% dos carros furtados, com o Fusca em segundo com 8,5%, no estado de São Paulo. Era desmontado e virava bugue, para uso no litoral, ou aproveitava-se a robusta mecânica para tirar do chão aviões ultraleve. Multiuso em ar ou terra -- ou melhor, em areia. |
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