Os trens Bugatti são uma história a parte: eram vagões integrados à locomotiva, altamente aerodinâmicos e propelidos por uma combinação de dois ou quatro motores de oito cilindros em linha do Royale. Bateram vários recordes de velocidade, mantiveram-se em operação até 1958 e garantiram a sobrevivência da empresa durante a crise dos anos 30. |
O 57 Ventoux:
motor com câmaras hemisféricas e duplo comando no Bugatti mais
vendido entre os clássicos -- 710 unidades no total do tipo 57 |
O
elegante tipo 57 Enquanto isso, Jean ficou livre para inovar em "sua" fábrica. Seu tipo 57 é provavelmente o melhor dos Bugattis clássicos -- e o mais vendido, 710 unidades. O motor continuava na clássica configuração oito-em-linha, mas agora contava com duplo comando de válvulas no cabeçote e
câmaras de combustão hemisféricas. Com 3,3 litros de
cilindrada, era muito mais eficiente que o tradicional três-válvulas. |
Sobre o chassi 57SC
Jean criaria obras de arte como o Atlantic, cujo destaque era a
"espinha dorsal" por toda a extensão do teto |
As maiores e mais influentes criações estilísticas de Jean seriam criadas
sobre o chassi 57SC. A mais famosa foi o 57SC Atlantic, com sua inconfundível "espinha dorsal", uma aba de junção rebitada em toda a extensão do teto. Jean inicialmente queria uma suspensão independente na dianteira, mas Ettore vetou-a pela aparência, em favor do tradicional eixo dianteiro usinado. A liberdade de Jean não era completa... |
Um tipo 57SC Atalante, uma das carrocerias mais belas de Jean Bugatti.
Acabamento interno e externo impecáveis |
Os dois Millers 91 foram resgatados da fábrica falida na década de 50 pelo historiador americano Griffith
Borgenson, que os restaurou e doou ao Instituto Smithsonian de Nova York, de cujo acervo fazem parte até hoje. |
O motor de oito cilindros em linha, duplo comando e compressor do tipo 57SC.
Note o acabamento e a beleza das peças. Uma verdadeira obra de arte, exposta como
tal |
Jean Bugatti morreu em 1939, com apenas 30 anos de idade, em um acidente
ao testar uma versão de seu clássico tipo 57SC. Ettore nunca se recuperou dessa dor. Em 1947, morreu com 66 anos. Outro pioneiro,
este contemporâneo de Ettore, também criou seu herdeiro e sucessor mas felizmente não o perdeu: Ferdinand Porsche. Seu filho Ferry praticamente criou a marca Porsche e foi instrumental em sua sobrevivência como empresa independente. A Ferrari é hoje da Fiat, e a Jaguar, após vários donos, da Ford.
Continua |
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