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Carros do Passado

Além do Mustang, o novo Dodge era a resposta da marca à dupla Chevrolet Camaro e Pontiac Firebird, lançada em 1967. Seu desenho assemelhava-se ao do Barracuda, com um interior espaçoso para o motorista e o passageiro da frente. Tinha um enorme capô com grandes tomadas de ar, grupo ótico duplo, traseira curta e linha de cintura alta e corpulenta. O aerofólio traseiro marcava sua personalidade arisca. No ano de seu lançamento vendeu mais de 76 mil unidades, apenas 355 com o 426 Hemi. Seu sucesso foi tanto que influenciou nas vendas do Charger, que tinha as mesmas opções de motorização, mas era mais pesado.

A versão conversível também tinha adeptos entre os fãs do Challenger. Nesta publicidade, um trocadilho com a cor violeta dizia que o Challenger na cor "Ameixa Louca" não era "shrinking violet", ou acanhado

Ainda em 1970 era lançado o Challenger T/A (Trans Am), uma edição especial produzida para as competições do SCCA (Sports Car Club of America). Tinha o motor 340 (5,6 litros) com três carburadores de corpo duplo, Six Pack, que despejava 290 cv e 47 m.kgf de torque, além de suspensão esportiva Special Rallye, rodas de 7 x 15 polegadas, capô de plástico com fibra-de-vidro, tomadas de ar dinâmico (as chamadas Ram Air Scoops) e escapamentos laterais, que seriam ressuscitados 22 anos mais tarde pelo Viper.

Seus principais rivais eram os Mustang Boss 302 e o Camaro Z28, que faziam enorme sucesso entre os "pilotos de rua". As vendas do modelo foram significativas, atingindo 2.539 unidades, o que garantiu sua homologação para as competições. Apesar do êxito, o Challenger já em 1971 sofria os efeitos da legislação de emissões. Os motores 383, 426 Hemi, 440 Six Pack e 440 Magnum, este com quatro carburadores, tiveram perda de potência com a redução da taxa de compressão. Para amenizar o prejuízo, a Dodge disponibilizou no R/T o motor 340 Six Pack, antes exclusivo do T/A.
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Estilo imponente, interior simples e oito opções de motores, do seis-cilindros de 101 cv até o 426 Hemi V8 de 426 cv brutos: a receita de sucesso do Challenger
Nas telas
Os anos 60 e 70 foram marcados por ótimos filmes de estrada. E os Dodges fizeram ótimas presenças.

A mais importante participação do Charger foi na série The Dukes of Hazzard, conhecida no Brasil como Os Gatões. O seriado contava as aventuras de Bo, Luke, Tio Jesse e Rosco, os três primeiros a bordo do "General Lee". Era um Charger 1969 de pintura laranja com a bandeira dos 13 estados que se rebelaram contra a União, dando início à Guerra Civil Americana (1861-1865), pintada no teto — uma reverência ao General Robert Lee, comandante das forças sulistas. Em 1997 foi lançado o longa The Dukes of Hazzard: Reunion, que resgatou os atores originais da série e seu mais famoso personagem.

Em Bullitt, estrelado por Steve McQueen e Jacqueline Bisset em 1968, o Mustang 390 verde daquele ano, do detetive Frank Bullitt, persegue pelas íngremes ruas de São Francisco, na Califórnia, um Charger 440 1968 preto. Ambos tinham caixa manual e as cenas de dentro e fora dos carros são de tirar o fôlego. Merecem ser vistas em DVD e num telão. O filme ganhou o Oscar da academia este ano pela melhor edição de cenas. Imperdível.

Em 1971 foi a vez de o Challenger ficar conhecido pelo filme Vanishing Point, que no Brasil chamou-se Corrida contra o Destino. Barry Newman, na pele de Kowalski, era um ex-piloto de motocicletas e Stock Cars. Queria levar o Challenger R/T 440, branco, ano 1970, em 15 horas de Denver, no estado do Colorado, nos EUA, até São Francisco. Nas filmagens foram utilizados cinco modelos, sendo que quatro eram com motor 440 e caixa manual e um com o 383 e caixa automática. Segundo os produtores, em algumas cenas esta configuração se encaixava melhor.

O carro foi preparado para as filmagens por Max Balchowsky, o mesmo que preparou os Mustangs e Chargers para Bullitt. Porém, na fatídica cena final, foi um Chevrolet Camaro 1967 que bateu contra os bulldozers.
As cenas são ótimas, a trilha sonora muito boa e os pegas inesquecíveis. Um cult movie, como dizem os americanos.

Anos depois, em meados dos anos 90, foi feita a refilmagem do mesmo filme. Um pouco modificado em seu roteiro, perdeu um pouco do brilho, mas ganhou humor. Um dos policiais tem um Charger como carro particular e resolve usá-lo para perseguir o Challenger. Na traseira está escrito: "Minha mulher sim, meu cachorro talvez, meu Dodge nunca!", em alusão a que ele aceitaria abandonar...

Em 1974 f
oi a vez do famoso Peter Fonda. Em Dirty Mary, Crazy Larry (que aqui se chamou Fuga Alucinada) ele é Larry, sua companheira é Mary (Susan George Mary) e Adam Roarke é Deke, seu mecânico. No princípio do filme eles começam a usar um Chevrolet Impala quatro-portas 1966 que tem um motor bravo. Roubam um supermercado para obter dinheiro para comprar um bom Stock Car, para correr no campeonato NASCAR e voltar para as corridas.

No meio do filme, para continuar a escapada, eles trocam por um Challenger R/T 440 1969, amarelo-limão com faixas pretas. Vários carros da polícia tentam interceptá-lo mas nenhum consegue. O pega mais incrível se dá contra um helicóptero da polícia. As cenas também são muito boas.

Outro filme que marca a imponência do Charger é o recente Fast and Furious (Velozes e Furiosos). Conta a história de um policial que se infiltra no mundo dos corredores de rua. É uma ótima pedida para quem gosta de carros japoneses preparados, mas a grande estrela é um Charger 1968 preto, equipado com compressor, pilotado por Vin Diesel, que chega a empinar em uma arrancada vigorosa.

Colaborou Francis Castaings

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