Os anos 60 e 70 foram marcados por ótimos filmes de estrada. E os
Dodges fizeram ótimas presenças.
A
mais importante participação do Charger foi na série The Dukes
of Hazzard, conhecida no Brasil como Os Gatões.
O
seriado contava as aventuras de Bo, Luke, Tio Jesse e Rosco, os
três primeiros a
bordo do "General Lee". Era um Charger 1969 de pintura laranja com a
bandeira dos 13 estados que se rebelaram contra a União, dando
início à Guerra Civil Americana (1861-1865), pintada no teto — uma
reverência ao General Robert Lee, comandante das forças sulistas.
Em 1997 foi lançado o longa The Dukes of Hazzard: Reunion,
que resgatou os atores originais da série e seu mais famoso
personagem.
Em
Bullitt, estrelado por Steve McQueen e Jacqueline Bisset em
1968, o Mustang 390 verde daquele ano, do detetive Frank Bullitt,
persegue pelas íngremes ruas de São Francisco, na Califórnia,
um Charger 440 1968 preto. Ambos tinham caixa manual e as
cenas de dentro e fora dos carros são de tirar o fôlego. Merecem
ser vistas em DVD e num telão. O filme ganhou o Oscar da academia
este ano pela melhor edição de cenas. Imperdível.
Em 1971 foi a vez de o Challenger ficar conhecido pelo filme
Vanishing Point, que no Brasil chamou-se Corrida contra o
Destino. Barry Newman, na pele de Kowalski, era um ex-piloto
de motocicletas e Stock Cars. Queria levar o Challenger R/T 440,
branco, ano 1970, em 15 horas de Denver, no estado do Colorado,
nos EUA, até São Francisco. Nas filmagens foram utilizados cinco
modelos, sendo que quatro eram com motor 440 e caixa manual e um
com o 383 e caixa automática. Segundo os produtores, em algumas
cenas esta configuração se encaixava melhor.
O carro foi preparado para as filmagens por Max Balchowsky, o
mesmo que preparou os Mustangs e Chargers para Bullitt. Porém, na
fatídica cena final, foi um Chevrolet Camaro 1967 que bateu contra
os bulldozers. |
As
cenas são ótimas, a trilha sonora muito boa e os pegas
inesquecíveis. Um cult movie, como dizem os americanos.
Anos depois, em meados dos anos 90, foi feita a refilmagem do
mesmo filme. Um pouco modificado em seu roteiro, perdeu um pouco
do brilho, mas ganhou humor. Um dos policiais tem um Charger como
carro particular e resolve usá-lo para perseguir o Challenger. Na
traseira está escrito: "Minha mulher sim, meu cachorro talvez, meu
Dodge nunca!", em alusão a que ele aceitaria abandonar...
Em 1974 foi a vez do
famoso Peter Fonda. Em Dirty Mary, Crazy Larry (que aqui se
chamou Fuga Alucinada) ele é Larry, sua
companheira é Mary (Susan George Mary) e Adam Roarke é Deke, seu
mecânico. No princípio do filme eles começam a usar um Chevrolet
Impala quatro-portas 1966 que tem um motor bravo. Roubam um
supermercado para obter dinheiro para comprar um bom Stock Car,
para correr no campeonato NASCAR e voltar para as corridas.
No meio do filme, para continuar a escapada, eles trocam por um
Challenger R/T 440 1969, amarelo-limão com faixas pretas. Vários
carros da polícia tentam interceptá-lo mas nenhum consegue. O pega
mais incrível se dá contra um helicóptero da polícia. As cenas
também são muito boas.
Outro
filme que marca a imponência do Charger é o recente Fast and
Furious (Velozes e Furiosos). Conta a história de um policial
que se infiltra no mundo dos corredores de rua. É uma ótima pedida
para quem gosta de carros japoneses preparados, mas a grande
estrela é um Charger 1968 preto, equipado com compressor, pilotado
por Vin Diesel, que chega a empinar em uma arrancada vigorosa.
Colaborou Francis Castaings |