Com
longo capô abrigando um 8-em-linha e tração dianteira,
o L-29 não se parecia
com os carros de sua época. Esta carroceria desenhada
por Count Alex
Sakhoffsky venceu o Concurso de Elegância de Monte Carlo
em 1930
O conglomerado comandado
por Cord possuía automóveis nos dois extremos do
mercado: do Auburn, entre os mais baratos, aos caríssimos
Duesenberg. Mas faltava um produto intermediário, na
faixa dos US$ 4.000, para concorrer com os Cadillacs e
Marmons. Este mercado era próspero no anos 20, com
muitos novos-ricos preocupados mais com a aparência do
que com a tradição de seus automóveis.
Tendo a aparência como chave para as vendas, Cord
iniciou o projeto de seu novo modelo. Ele deveria ser
baixo, com uma aparência mais esguia e glamurosa -- algo
diferente de tudo o que já havia sido produzido. Para
conseguir este resultado, Cord estava decidido que a única
solução seria a tração dianteira. Poucos se
arriscaram nos EUA a utilizar este sistema: Walter
Christie no início do século, a Ruxton nos anos 20 e
Harry A. Miller e Cornelius Van Ranst, em automóveis de
competição.
Para não haver problemas Cord contratou os melhores:
Miller, de quem comprou a patente para tração dianteira,
e Van Ranst, além de Léon Duray, piloto de Miller. Em
cinco meses o protótipo foi produzido. A carroceria
ficou a cargo de Al Leamy, chefe do projeto, e John
Oswald. O desenho final foi aquele apresentado por Oswald,
mas com muitas das idéias de Leamy -- a principal delas,
a grade do radiador em forma de diedro, copiada pela
Chrysler em seu Imperial 1930. Leamy deu ainda ao automóvel
o nome: Leamy ano 1929, ou apenas L-29.
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